Estação Ferroviária de Goiânia é entregue restaurada nesta sexta-feira (10)
As obras duraram 1 ano e 5 meses. Foram investidos na restauração R$ 5,87 milhões. Local funcionará como "Atende Fácil" da prefeitura; Segurança no local ainda preocupa
Depois de muitos anos em situação de abandono, a Estação Ferroviária de Goiânia, que fica na Praça do Trabalhador, foi restaurada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), em parceria com a prefeitura da capital. Após 17 meses de obra, o edifício, que é considerado Patrimônio Cultural Nacional, será entregue nesta sexta-feira (10).
O prédio passou por obras de recuperação em toda a estrutura, como pisos e cobertura, além de novas pintura, instalações e disposição dos espaços. Três elementos simbólicos da estação ganharam destaque: a locomotiva, conhecida como Maria Fumaça, foi realocada na plataforma de embarque para acesso e conhecimento do público; o tradicional relógio da torre, recuperado, os dois painéis de Frei Confaloni, restaurado e disposto com os afrescos originais.
A obra também permitiu a requalificação urbana de uma área ao redor da Estação Rodoviária, que recebeu pavimentação, novo paisagismo, iluminação e mobiliário. De acordo com o Iphan, foram investidos na obra R$ 5,87 milhões pelo PAC Cidades Históricas, programa do Governo Federal conduzido pelo instituto, que ressalta a responsabilidade da Prefeitura de Goiânia na manutenção e uso do espaço.
O órgão também sublinha que, aoo todo, o Estado recebeu R$ 48,6 milhões de investimentos no Patrimônio Cultural, o que coloca Goiás como o primeiro do país a concluir todas as obras do programa.
Segundo a prefeitura de Goiânia, o local passará a sediar a terceira unidade do “Atende Fácil”, onde a população poderá resolver pendências com as secretarias de Finanças (Sefin), Planejamento Urbano e Habitação (Seplanh), Desenvolvimento Econômico, Trabalho, Ciência e Tecnologia (Sedetec), Trânsito, Transportes e Mobilidade (SMT), além da Agência Municipal de Meio Ambiente (Amma), da Companhia de Urbanização de Goiânia (Comurg) e da Vigilância Sanitária. O objetivo é transformar o local em um centro de convivência.
Segurança
A praça do trabalhador, que engloba a Estação Ferroviária, passou longos anos em uma situação de depredação e abandono. A presença de moradores de rua e usuários de drogas preocupam comerciantes e pessoas que precisam passar pelo local. Em outubro de 2018, por exemplo, a praça palco de uma situação horrenda; um corpo foi encontrado amarrado em cobertores na posição fetal.
Por isso, a Guarda Civil Metropolitana realiza preparativos para que o espaço se torne, de fato, um local de convivência. Segundo o comandante da corporação em Goiânia, José Eulálio Vieira, o local será monitorado 24 horas por dia. No período da noite, dois guardas farão a vigia do prédio.”Para evitar que os moradores de rua e usuários de drogas permaneçam no local, nós teremos um ponto de apoio na Estação Rodoviária, bem como viaturas exclusivas para a praça”, explica. Caso, alguém seja vítima de algum delito na região, o número da Guarda Civil Metropolitana é 153.
A Secretaria Municipal de Assistência Social (Semas) também informou sobre os trabalhos que estão sendo desenvolvidos na região para diminuir a presença de moradores de rua e usuários de drogas. Segundo o gerente do serviço especializado para pessoas em situação de rua, Weliton Carlos Pereira, a equipe a dignidade dessas pessoas é uma preocupação. “Nós informamos essa população sobre o curso de capacitação oferecido pelo Ministério de Trabalho que remunera esse cidadão e garante a ele a dignidade”. Explica Weliton.
No caso de dependentes químicos, Weliton reforça que a gestão ampliou parcerias com comunidades terapêuticas, que receberão os voluntários para tratamento. Outra parceria com Organizações não governamentais, segundo ele, irá desestimular a permanência desse público no local. “Combinamos para que realizem os trabalhos sociais em outras localidades para que isso não gere um comodismo por parte dos moradores”.
O gerente também disse que existe uma parceria com ONGs para que o trabalho dessas entidades não sejam realizados na praça, para não gerar um comodismo por parte desses moradores. Ele ressalta que foi ampliada a parceria com comunidades terapêuticas para encaminhar aquele morador com vícios.