“Estamos confiantes na Justiça”, diz pai de estudante morto há 11 anos em Anápolis
Julgamento do homem que deu o golpe fatal de canivete no estudante está marcado para começar às 8 horas desta segunda (25)
Amigos e parentes do estudante de Odontologia Jehan José de Paiva, morto em 2013 durante uma festa universitária, vão se reunir com camisetas, faixas e cartazes na porta do Fórum João Barbosa das Neves, em Anápolis, horas antes do julgamento do homem que o matou: o médico veterinário Paulo Victor Sousa Gomes. A sessão está marcada para as 8 horas desta segunda-feira (25), e o pai de Jehan, o dentista José Paiva, tem fé na condenação.
“Nossa expectativa é a de que o juri realmente aconteça”, afirma José ao Mais Goiás. “Houve fatos no sentido de evitar que esse juri fosse adiado. Está havendo esforço grande do MP para que esse juri aconteça e que justiça seja feita. Estamos confiantes e estaremos mais uma vez na porta do Fórum, eu e meus familiares, e amigos, que muito sofrem com essa demora por Justiça”.
Essa é a segunda vez que o júri será aberto. A primeira tentativa aconteceu no dia 8 de novembro de 2023, mas fracassou porque tanto o advogado do réu, quanto a representante do Ministério Público se ausentaram. O advogado apresentou atestado médico e a promotora alegou que tinha que comparecer a outra sessão no mesmo horário, que exigia “atuação prioritária”.
“Dez anos depois, a gente espera que tenha justiça, que ele [o réu, Paulo Victor Sousa Gomes] seja condenado à pena máxima por essa covardia que ele fez, e que ele pague pelo crime que cometeu”, disse na época, também ao Mais Goiás, a dentista Brunna Caldeira, que era amiga de Jehan e estava na festa em que ele foi morto.
Jehan foi assassinado por motivo banal. Ele era o organizador de uma festa promovida pelos alunos do 8° período do curso de Odontologia da Unievangélica. O chopp acabou no meio da tarde e, quando voltou a ser servido, formou-se uma fila no balcão. Um rapaz, chamado Pedro, tentou furar a fila e isso irritou o réu, Paulo Victor, que o segurou pelo colarinho. Foi quando Jehan tentou apartar a confusão, mas foi atingido com um golpe de canivete no coração. Ele morreu 1h30 depois, no Hospital de Urgências de Anápolis (Huana).
Paulo Victor, que é médico veterinário, chegou a ser preso em 2013, mas conseguiu um habeas corpus e responde ao processo em liberdade desde então. Ele alegou legítima defesa na instrução do processo.