TRISTEZA

“Estão abalados e com medo”, diz advogada sobre familiares de pedagoga encontrada morta em Goiás

A família reconheceu a vítima através de pertences que estavam no corpo, antes mesmo do resultado da perícia

A advogada Rosemere de Oliveira Santos disse que os familiares da pedagoga Fábia Cristina Santos, encontrada morta dentro de um carro na GO-469, “estão abalados e com medo”. A família acredita que a mulher tenha sido vítima de feminicídio praticado pelo marido Douglas José de Jesus. O casal estava desaparecido desde o dia 9 de março. O homem ainda não foi encontrado. A Polícia investiga o caso.

De acordo com a advogada, a família reconheceu os pertences que estavam no corpo encontrado dentro do carro, antes mesmo de a perícia confirmar que tratava-se de Fábia. “Eles reconheceram o relógio e a sandália que estava no corpo e confirmaram ali mesmo que era a pedagoga”, disse. Segundo ela, os familiares temem que Douglas pratique novos crimes.

Douglas José é considerado foragido por duplo homicídio cometido em 1996. Desde então, ele passou a usar o nome do irmão, Wander José de Jesus. A Polícia agora deve investigar o envolvimento dele na morte de Fábia.

O corpo dela foi encontrado na segunda-feira (22), em uma região de mata na GO-469, mesma rodovia em que o carro dela levou uma multa por excesso de velocidade.

Desaparecimento

O casal desapareceu no último dia 9 de março, quando saiu de casa, em Goianira, para ir à missa de 7º dia do pai de Fábia, em Quirinópolis. Os dois passaram um posto de combustíveis, em Goiânia. Imagens de câmeras de segurança mostram o casal no posto. Na filmagem é possível ver que Douglas é quem dirige o veículo, enquanto a pedagoga viaja no banco do passageiro.

Depois de passar no estabelecimento, o casal seguiu em um caminho oposto à cidade de Quirinópolis, onde o restante da família estava para a missa. O carro em que eles estavam levou multa por excesso de velocidade na GO-469, às 14h18 do dia 9 de março. Já às 14h27, a mulher enviou mensagem pedindo ajuda ao filho. Depois disso, não houve mais nenhuma comunicação do casal com os familiares.

Nome falso e histórico de violência

Segundo a Polícia, Douglas é considerado foragido da Justiça em razão de um duplo homicídio em 1996 e, desde então, usava o nome do irmão, Wander José de Jesus.

Conforme a família da pedagoga, a mulher já foi agredida pelo marido várias vezes, sendo a última violência dias antes do desaparecimento. A advogada Rosemere Oliveira encontrou imagens no computador de Fábia que mostram a pedagoga com ferimentos no pescoço de um possível enforcamento.