Estelionatário cobra propina para evitar falsa operação da PF em clínicas médicas em Jaraguá
Investigação começou após a secretaria municipal de Saúde denunciar o caso

A Polícia Civil de Jaraguá investiga um suspeito de estelionato que estaria se passando por servidor da Vigilância Sanitária para cobrar propina em clínicas médicas do município. Ele pedia o dinheiro para evitar falsas fiscalizações em uma operação da Polícia Federal (PF). A informação foi divulgada nesta semana pelo delegado Glênio Ricardo.
Segundo o delegado, a investigação começou após a secretaria municipal de Saúde denunciar o caso. O estelionatário cobraria a quantia de R$ 1,5 mil para evitar que as clínicas fossem alvos da operação.
“Dizia aos proprietários das clínicas que dava um apoio à Polícia Federal e que, no dia de hoje, eles iriam deflagrar uma operação na cidade de Jaraguá. Operação com finalidade de fazer fiscalização nas clínicas médicas. Porém, durante as conversas com os proprietários e pessoas que trabalham nas clínicas, a pessoa afirmava que, caso a clínica depositasse R$ 1,5 na conta dele, eles não fariam a fiscalização. Configurando, no mínimo, o crime de estelionato.”
O delegado, então, afirma que a gravação visa alertar a comunidade do município acerca do crime, principalmente os proprietários de clínicas médicas. “Se trata de um golpe”, alerta.
Ao Mais Goiás, o delegado informou que o crime foi denunciado nesta manhã de quinta-feira (27) e que não há registros de vítimas em Jaraguá. Ou seja, ninguém caiu no golpe. “Como o crime de estelionato se trata de ação penal pública condicionada, nós precisamos que as vítimas compareçam à delegacia. Então, como a gente não foi provocado formalmente, em nível de ocorrência, para iniciar a investigação, nada foi iniciado ainda. Mas a polícia se colocou à disposição das autoridades municipais e dos proprietários de clínicas”, reforçou.