Pesquisa brasileira

Estudante da UFG cria site que monitora mancha de óleo nas praias brasileiras

O estudante de doutorado da Universidade Federal de Goiás (UFG), Karlo Guidoni Martins, 34 criou…

O estudante de doutorado da Universidade Federal de Goiás (UFG), Karlo Guidoni Martins, 34 criou um site que monitora as manchas de óleo que se espalham pelo litoral brasileiro. O site recolhe dados do Ibama e os transforma em um mapa interativo em que o usuário pode clicar e ter acesso a informações como estado, município, localidade e status das manchas detectadas.

A ideia foi desenvolvida sem envolvimento ou recursos da universidade, apenas com a ideia e o empenho do estudante. Karlo é doutorando em Ecologia e Evolução e explica que a preocupação ambiental foi o que o moveu para a criação do aplicativo, que não está disponível para ser baixado em smartphones.

O pesquisador, que nasceu no estado do Espírito Santo, diariamente busca notícias sobre as praias atingidas, temendo encontrar alguma sobre a terra natal. Assim, aplicou os conhecimentos de linguagem de programação R e criou uma maneira de ter acesso a esses dados de forma mais rápida e intuitiva.

O Ibama disponibiliza os dados em formas de planilha. E, com a linguagem de programação, o site desenvolvido por Karlo transforma as coordenadas geográficas de graus, minutos e segundos para graus decimais. O objetivo é apresentar os dados de uma forma mais integrada. Para conferir basta acessar AQUI.

“O problema surgiu e eu pensei numa forma de tornar a informação mais acessível. Eu criei o app pensando para uso próprio, mas depois achei interessante compartilhar”, confessa.

Karlo Guidoni Martins, 34 criou o site sem envolvimento ou recursos da universidade (Foto: Arquivo Pessoal)

Derramamento de óleo

Para o temor de Karlo, as manchas de óleo chegaram às praias do Espírito Santo e começam a se espalhar pela região Sudeste do país.

Ainda não há certeza do que teria provocado o vazamento. A marinha chegou a divulgar que teria sido causado por um navio grego, mas análise recente da Universidade do Alagoas aponta que pode ter sido um navio sem monitoramento.

O Ibama aponta que 4,3 mil toneladas já de petróleo já foram recolhidos desde que o vazamento foi detectado em 24 de julho, próximo ao Espírito Santo. Ao todo, dez estados foram atingidos.

 

*Por Eduardo Pinheiro, do Mais Goiás