Estudante é denunciada por atear fogo ao corpo de colega, em Goiânia
O Ministério Público denunciou a estudante Islane Pereira Saraiva Xavier, de 19 anos, por tentar…
O Ministério Público denunciou a estudante Islane Pereira Saraiva Xavier, de 19 anos, por tentar matar uma colega de sala, de 17 anos, ao atear fogo no corpo dela dentro da escola, em Goiânia. O crime aconteceu no dia 31 de março, enquanto as garotas estavam no intervalo. Islane, que está presa desde que tudo aconteceu, alega que a vítima fazia comentários que zombavam do bronzeado dela. Todavia, testemunhas disseram à Polícia Civil que as duas, apesar de estudarem na mesma sala, nunca tiveram nenhum contato.
A denúncia foi assinada pelo promotor Cláudio Braga Lima, que argumentou que Islane “causou sofrimento desnecessário e prolongado à vítima, configurando meio cruel”, por conta do fogo.
Além disso, o promotor entendeu que a agressora não permitiu que a vítima se defendesse, já que a surpreendeu na fila do lanche. No documento, ele ressaltar a agonia da vítima, que se debatia pela facilidade com que o fogo se espalhou. “Frente à dor aguda, a vítima desesperada começou a perambular pelo recinto, debatendo-se”, destaca.
Claudio Braga também pediu que a Justiça determine o pagamento de uma indenização pelos danos causados à vítima.
Conforme a Polícia Civil, a estudante que ateou fogo na colega não possui antecedentes criminais. Ela foi indiciada por tentativa de homicídio triplamente qualificado: fogo, motivo fútil e dificuldade de defesa da vítima.
Relembre o caso
O crime aconteceu na noite do dia 31 de março, no Colégio Estadual do Setor Palmito, no Jardim Novo Mundo, em Goiânia. A vítima estava em uma fila para pegar o lanche, quando Islane se aproximou pelas costas, jogou álcool na colega e ateou fogo.
Funcionários da escola socorreram a vítima e chamaram o Corpo de Bombeiros, que prestou os primeiros socorros e encaminhou a adolescente ao Hugol. Enquanto o Batalhão Escolar deteve a agressora depois do ataque.
Na época, Islane explicou aos policiais militares que, no dia anterior, a vítima tinha insultado o bronzeamento dela, numa espécie de ato de bullying. Por isso, levou o álcool e facas para a escola para se vingar dos comentários.
Entretanto, segundo a delegada Marcella Orçai, que ficou responsável por apurar o caso, nenhuma testemunha confirmou o fato. “No inquérito não há ninguém que presenciou tal fato ou que tenha ouvido falar de rixa entre as duas”, disse ela.
Durante o depoimento, Islane se manteve em silêncio, mas confessou que levava na bolsa uma faca e canivetes, com o objetivo de matar a adolescente.
Aluna que teve corpo queimado continua internada
De acordo com o Hospital de Urgências Governador Otávio Lage de Siqueira (Hugol), a adolescente teve queimaduras de 1º e 2º graus em quase 50% do corpo e continua internada.