Estudantes da UFG criam projeto que promove interação de idosos com cães e gatos
O Projeto Alegria Terapia Animal (Pata), que utiliza a zooterapia para melhorar o bem-estar de idosos
Observando a solidão de pessoas idosas e o descaso com animais abandonados nas ruas de Goiânia, três estudantes do curso de Medicina Veterinária da Universidade Federal de Goiás (UFG) decidiram dar vida ao Projeto Alegria Terapia Animal (Pata), que utiliza a zooterapia para melhorar o bem-estar de idosos. A técnica consiste na interação entre seres humanos e cães e gatos, sob a ótica terapêutica e educacional. Neste sábado (20), às 14h, o grupo realizou uma ação no asilo Solar Espírita Apóstolo Tomé, localizado no Setor Finsocial, em Goiânia. Na ocasião, os idosos participaram de dinâmicas com alguns animais resgatados, previamente selecionados e adestrados para o momento.
O objetivo da proposta é fortalecer o quadro emocional, ajudar no desenvolvimento físico e promover contentamento e satisfação mental dos envolvidos. Ao se concentrar na atividade realizada com os animais, os idosos retiram o foco de pensamentos e sentimentos negativos. A escolha dos “pet-terapeutas” é feita mediante auxílio de profissionais especializados em comportamento animal. Em seguida, eles iniciam o processo de adestramento baseado nas atividades realizadas no asilo.
O cãozinho Lupe e a gatinha Madona são alguns dos animais que foram resgatados das ruas, ganharam donos responsáveis e, atualmente, recebem acompanhamento veterinário regular e adestramento com táticas que priorizam seu próprio bem-estar. No asilo, os animais permanecem um tempo preestabelecido no local para que não sofram os efeitos do estresse encontrado no ambiente.
Projeto
O Pata foi criado pelas estudantes Beatriz Cristina, Rosane Almeida e Viviane Henrique para a Olimpíada de Empreendedorismo Social da UFG, em 2016. As alunas buscaram mostrar como a adoção de animais também é útil ao ser humano. Alguns profissionais da área de Fisioterapia e Medicina Veterinária também se voluntariaram e passaram a ajudar o projeto com outras atividades durante as visitas. A iniciativa humanística e social não conta com nenhum apoio financeiro e, por isso, precisa de doações.
As visitas ocorrem mensalmente, com boa aceitação dos idosos. O asilo Solar Espírita Apóstolo Tomé possui 33 moradores com doenças e limitações específicas, como depressão, deficiência física, surdez Alzheimer. O diálogo entre os próprios moradores do local nem sempre acontece ou é possível, portanto a execução das dinâmicas do projeto resulta em um maior nível de interação social. Além disso, a presença dos voluntários e dos animais revigora as energias e desperta uma sensação de cuidado e bem querer nos idosos.