Estudantes da UFG protestam contra qualidade e preço da comida no Restaurante Universitário
Alunos denunciam preços fora da realidade de uma universidade federal e má qualidade das refeições
Estudantes da Universidade Federal de Goiás (UFG) se manifestaram na segunda (4) e nesta terça-feira (5) no campus Samambaia, em Goiânia, contra a empresa que administra o restaurante universitário (RU). Os discentes denunciam má qualidade e preço da comida, que não condiz com a realidade de uma instituição federal de ensino.
Ao Mais Goiás, Letícia Scalabrini, que é ex-coordenador geral do Diretório Central dos Estudantes (DCE) da UFG e integrante do Movimento Correnteza, afirma que nesta terça o RU não abriu por causa da manifestação de segunda. Ela explica que os alunos fizeram um “catracaço” e entraram no restaurante sem pagar.
Segundo Letícia, que também é estudante de graduação em Ciências Sociais, o preço da alimentação subiu, em 1o de julho, de R$ 3 para R$ 4 aos graduandos; R$ 4 para R$ 7,34 aos pós-graduandos; e de R$ 11 para R$ 12 para o público geral. A UFG subsidia parte do custo para os alunos, mas já informou, segundo Letícia, ser incapaz de bancar além do atual. Representantes dos alunos estiveram reunidos na reitoria nesta terça.
A empresa, que não abriu nesta terça-feira, alega prejuízo e pedido de demissões de funcionários em decorrência dos atos de segunda, explica a ex-coordenadora do DCE. “Diante dos fatos ocorridos em 4/7, no qual uma minoria abusou do seu poder de reunião, com utilização de armas brancas e ameaças, o restaurante permanecerá fechado até que se possa garantir e segurança e a integridade dos colaboradores”, diz faixa da administradora do RU fixada na porta do RU desde a noite de segunda.
Os estudantes afirmam que não existiram ameaças. Letícia reforça que o preço não é o único problema. De acordo com ela, além da comida de má qualidade, muitas vezes crua, também é comum encontrar cabelo e até insetos nos alimentos. Como resposta ao fechamento do RU, os alunos fizeram refeições do lado de fora do restaurante universitário. Vale citar, a Associação de Pós-Graduandos (APG) também participa dos atos.
A reitora da UFG informou, por nota, que a empresa suspendeu o atendimento por causa da manifestação dos alunos e que trabalha para o retorno dos serviços. Além disso, informou que presta todo o apoio aos estudantes de baixa renda que dependem do RU para garantir a alimentação
Informou, ainda, que o RU do campus Colemar Natal e Silva, na Praça Universitária, segue em funcionamento. “Ressaltamos que os demais estudantes da UFG, com curso sediado no campus Samambaia, contemplados com a isenção total das refeições, podem se alimentar, no valor até R$ 20 por refeição e apresentar nota fiscal nominal, de forma presencial na pró-reitoria de Assuntos Estudantis (PRAE) até o dia 25 de julho para obter ressarcimento.”
O portal tenta contato com a empresa que administra o RU para comentar a situação. O espaço segue aberto.