TECNOLOGIA

Estudantes da UFG trabalham em robô expedicionário para a Marinha

Construto será um equipamento pequeno, de 20 cm e 5 kg, que servirá para auxiliar a inspeção visual e sonora em locais de difícil acesso

Estudantes da UFG trabalham em robô expedicionário para a Marinha (Foto: UFG)

Quatro estudantes da Faculdade de Ciência e Tecnologia da Universidade Federal de Goiás (UFG) desenvolvem um robô expedicionário para a Marinha brasileira. O projeto, acompanhado pelo professor Sólon Bevilacqua, é um convênio da UFG com a Centro Tecnológico do Corpo de Fuzileiros Navais (CtecCFN) no Rio de Janeiro, onde o grupo esteve, na última vez, entre 29 e 31 de agosto.

Segundo a UFG, o construto será um equipamento pequeno, de 20 cm e 5 kg, podendo ser transportado em uma mochila. O intuito é auxiliar a inspeção visual e sonora em locais de difícil acesso como favelas, pontos de desabamentos ou mesmo com contaminação.

Além disso, o robô será capaz de fazer uma varredura do local por meio de imagens transmitidas remotamente, evitando riscos ao operador. Com orientação de Sólon, participam do projeto e construção do protótipo os alunos Luís Fernando Ferreira de Oliveira de Freitas, Guilherme Galindo e Vinícius Adriano Rodrigues de Souza do curso de Engenharia da Computação e Caio Pantaleão, da Engenharia Elétrica.

O professor explica que a UFG desenvolve a parte de software e hardware, bem como a programação para a integração com as demais partes que estão em construção no Rio de Janeiro. No outro Estado, ocorre a montagem do chassi e da carroceria. A expectativa é que o robô seja apresentado na 8ª Mostra da Base Industrial de Defesa em Brasília, entre os dias 3 e 5 dezembro.

Tecnologia nacional

O convênio entre UFG e CTecCFN foi oficializado em 7 de julho de 2022. À época, foi estabelecido um “Programa de Soluções Tecnológicas” entre ambas as instituições. Envolvido no projeto, o aluno Luís Fernando afirma que a própria Marinha, por meio do acordo, foi quem fez a proposta do produto.

“Os robôs, atualmente, são comprados muito caros e importados, com tecnologia israelense. Então, existia uma necessidade de produção e tecnologia nacional. A principal meta é ter o domínio nacional”, revela. De acordo com ele, o protótipo está bem adiantado e o prazo deverá ser cumprido.

Questionado sobre o próximo passo, Luís afirma que, após entregar este protótipo, ele servirá de base para projetos futuros e outros desenvolvimentos. Como reconhecimento de pessoas e outros. Mas vai depender do que a Marinha ver como atividade. Eles vão verificar as melhores tarefas.”

Para a UFG, o aluno afirma ser um ganho de experiência prática. Ele cita que a Universidade fornece muito bem as aulas teóricas e que este convênio possibilita colocá-las em campo. “E caso se torne um produto, haverá benefícios de licenças para a UFG e a Marinha”, conclui.