POLÊMICA

Estudantes da UFMG fazer concurso de sósias de acusado de matar CEO de plano de saúde

Iniciativa dos alunos gerou críticas que classificaram o evento como insensível e desrespeito

Estudantes da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) realizaram, no último dia 19, um concurso de sósias de Luigi Mangione, italiano acusado de assassinar Brian Thompson, ex-CEO da UnitedHealthcare, em Nova York. O evento ocorreu no pátio do Instituto de Ciências Biológicas (ICB) e gerou polêmica nas redes sociais.

O concurso, promovido por um grupo de alunos, incluiu um desfile em que os participantes tiravam a camisa para imitar uma foto de Mangione amplamente compartilhada na internet. O vencedor foi escolhido por voto popular e recebeu como prêmio uma lata de chá gelado e uma paçoca. Um vídeo do evento circulou nas redes sociais, mostrando a votação e a entrega da premiação do primeiro, segundo e terceiro lugar. 

A iniciativa dos alunos gerou críticas de diversos setores, que classificaram o evento como insensível e desrespeitoso, especialmente diante da gravidade das acusações contra Mangione. A direção do Instituto de Ciências Biológicas da UFMG afirmou que o evento não foi autorizado e que tomará medidas administrativas para apurar responsabilidades.

“O que vimos foi um ato irresponsável que não representa os valores da UFMG. Estamos analisando as imagens e ouvindo relatos para tomar as medidas cabíveis”, informou a instituição em nota oficial.

Mangione, de 26 anos, foi preso em 9 de dezembro sob acusações de assassinato e outros crimes relacionados ao uso de armas de fogo e perseguição. Ele é apontado como o responsável pela morte de Brian Thompson, em um caso que ganhou repercussão internacional. Apesar da gravidade das acusações, Mangione conquistou uma legião de admiradores na internet, sendo visto por alguns como uma figura que combate as falhas do sistema de saúde americano, embora não haja provas concretas de que o crime tenha relação com questões médicas.

As investigações contra Mangione continuam, e ele enfrenta acusações em três níveis judiciais nos Estados Unidos.