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Na noite desta sexta-feira (19/2), o Instituto de Educação de Goiás (IEG) se tornou mais uma das unidades de ocupação desocupadas no Estado. No entanto, servidores que trabalham no local denunciam que os manifestantes deixaram para trás um rastro de vandalismo.
Segundo a Secretaria de Educação, Cultura e Esporte (Seduce), após a saída dos manifestantes ficou constatado que houve depredações e saques na unidade.
“Vistoria preliminar aponta a ausência de mais de 50 computadores além de três aparelhos de ar condicionado (24.000 Btus), cinco data shows, cinco notebooks, modem, três impressoras, máquina fotográfica, filmadora, utensílios da merenda escolar, cheques, dinheiro, documentos oficiais da escola e centenas de conjuntos do aluno (cadeiras e mesas)”, diz nota da secretaria.
A desocupação ocorreu de forma voluntária, sem nenhuma negociação ou interferência da Seduce. A direção do IEG foi informada pela vizinhança que o grupo estava deixando o local. Segundo funcionários, há pichações, portas arrancadas e armários arrombados. As chaves da escola teriam sido jogadas na calçada.
“Levaram dinheiro que os funcionários haviam juntado para comprar novos uniformes, toda a documentação da escola e cheques de pagamentos”, disse a diretora da unidade, Luciana Teles. “Mas o que eu acho mais complicado é a ameaça que deixaram pra mim e para a escola em cima da mesa. Disseram que desocuparam, mas que vão retornar e que ficássemos espertos, porque aqui eles mandam”, lamentou.
De acordo com o subsecretário Metropolitano, Marcelo Ferreira, o laboratório de informática do IEG havia acabado de receber 47 máquinas novas para instalação quando a unidade foi ocupada. “Os poucos computadores que permaneceram nós encontramos danificados”, observou.
Uma força-tarefa foi criada para colocar a tradicional escola goiana em ordem. Por causa da depredação, não há previsão de quando as aulas irão começar. “Vamos nos esforçar para iniciar o ano letivo o mais rápido possível, mas a situação é muito crítica”, completou o subsecretário.
Até o momento 28 unidades foram devolvidas à Seduce. A única que permanece ocupada, mas que tem mandado de reintegração de posse, é o Colégio Estadual José Carlos de Almeida, desativado desde 2014.
O movimento dos estudantes ainda não se manifestou sobre o caso.