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Estudantes goianos são premiados na Nasa por criarem chiclete para astronautas

Jovens inventaram chiclete de pimenta para ajudar astronautas a sentirem o sabor dos alimentos e conquistaram 1º lugar em competição internacional

Sete alunos goianos conquistaram o primeiro lugar no Torneio Aberto de Robótica de West Virginia, da universidade da Nasa, nos Estados Unidos. Os estudantes levaram para casa o maior prêmio da competição por terem inventado o “Chiliclete”, um chiclete de pimenta para ajudar astronautas a sentirem o sabor dos alimentos. Eles são estudantes do Curso de Robótica no Centro de Atividades “Mozart Soares Filho”, o Sesi (Serviço Social da Indústria) da Vila Canaã, em Goiânia.
O grupo superou 70 equipes de 12 países. Os alunos tiverem a ideia ao perceberem que, por conta da gravidade, o corpo dos astronautas muda e eles não conseguem sentir o cheiro e o sabor dos alimentos. Assim, a solução encontrada foi o chiclete, que é uma goma de mascar feita com componentes da pimenta. A proposta é que a invenção devolva a sensibilidade ao astronauta.

A pesquisa foi desenvolvida durante quase um ano pelo grupo de estudantes, com idades entre 15 e 17 anos. Os jovens foram selecionados para a competição internacional após apresentarem o Chiliclete na edição nacional do Torneio de Robótica, no Rio de Janeiro, em março deste ano.

(Foto: Divulgação)

Para Harumi Vitória Fukushima, professora da turma, o prêmio é resultado de muita pesquisa e dedicação. “Isso vai muito além do troféu, pois proporcionou aos nossos alunos um conhecimento para toda a vida”.

Fukushima afirma que a intenção é, literalmente, “mandar o chiclete para o espaço”. “Queremos ajudar os astronautas ou até mesmo pessoas que sofrem com certos distúrbios relacionados ao paladar e olfato. Estamos em processo de patente e muito felizes com algumas propostas de implementação do Chiliclete”.

Comemoração

O estudante Eduardo Lemes, 16 anos, comemorou o primeiro lugar. E afirma que o prêmio significa reconhecimento da pesquisa e do esforço da turma. “Trabalhamos durante onze meses aguardando esse dia e foi a realização de um sonho”.

Miguel Dutra, 16 anos, destaca que a vitória foi uma alegria inexplicável. “Um momento ímpar para todos nós. Viemos com um sonho e ele se tornou real. Temos um sentimento de muita gratidão e felicidade por ver que a pesquisa nos levou tão longe”.

Outras duas equipes do Brasil participaram do torneio: Uma de Brasília e uma de santa Catarina (Foto: Divulgação)
Outras duas equipes do Brasil participaram do torneio: Uma de Brasília e uma de santa Catarina (Foto: Divulgação)

*Fabrício Moretti é integrante do programa de estágio do convênio entre Ciee e Mais Goiás, sob orientação de Hugo Oliveira