MOVIMENTAÇÃO

Estudantes ocupam reitoria da UFG contra interferência de Bolsonaro em eleição institucional

Estudantes da Universidade Federal de Goiás (UFG) e representantes de entidades ligadas ao corpo universitário…

Estudantes da Universidade Federal de Goiás (UFG) e representantes de entidades ligadas ao corpo universitário ocuparam o prédio da reitoria da instituição na manhã desta quarta-feira (12), no Campus Samambaia, em Goiânia. Eles protestam contra o que consideram interferência do presidente Jair Bolsonaro (PL) nas eleições da universidade.

Interferência: nomeada para reitoria da UFG era a terceira da lista tríplice

A movimentação ocorre um dia após a nomeação de Angelita Lima, terceira indicada da lista tríplice preparada pelo Conselho Universitário da UFG (Consuni), A vencedora do pleito ocorrido em 2021 tinha sido Sandramara Matias Chaves.

A coordenadora geral do Diretório Central dos Estudantes (DCE) da UFG, Letícia Scalabrini, diz que a considera a interferência um golpe à democracia, já que o Ministério da Educação não respeitou os votos dos estudantes, servidores e professores da universidade.

“Queremos que a professora Sandramaria seja nomeada reitora da universidade como escolhemos. Mais uma vez o MEC tenta atacar a autonomia universitária, mas não vamos deixar isso acontecer. Queremos a nomeação, por isso vamos ocupar a reitoria e fazer o que for preciso, para que a UFG não seja mais uma vítima das intervenções do governo Bolsonaro e do MEC”, aponta.

Estão no local representantes da Sindicato dos Trabalhadores de Instituições Federais de Ensino de Goiás, Sindicato de Docentes da Universidade Federal de Goiás, União Estadual de Estudantes, União Nacional de Estudantes, DCE-UFG e Associação Nacional de Estudantes de Pós-graduação.

Angelita Lima era diretora da FIC

A diretora da Faculdade de Informação e Comunicação (FIC), Angelita Pereira de Lima, foi escolhida como a nova reitora da UFG. O nome da professora, que é petista, foi confirmado a partir de publicação no Diário Oficial da União pelo Ministério da Educação publicado nesta terça-feira (11).

No entanto, o nome escolhido pela comunidade acadêmica, em eleição realizada em junho de 2021, foi o da professora Sandramara Matias Chaves, que constava com primeira indicação na lista tríplice elaborada pelo Consuni. Além dela, estavam os nomes de Karla Emmanuela Ribeiro Hora e Angelita Pereira de Lima.

Ao Mais Goiás, Sandramara disse que lamenta a intervenção de Bolsonaro na instituição. “É revoltante, porque é um ato deste governo que desrespeita a UFG, a comunidade acadêmcia e o conselho universitário”, declarou.