Evandro Magal e oito detidos na Operação Negociata têm prisão prorrogada pela Justiça
Por decisão judicial, a prisão das nove pessoas detidas na Operação Negociata foi prorrogada por…
Por decisão judicial, a prisão das nove pessoas detidas na Operação Negociata foi prorrogada por mais cinco dias. O prefeito de Caldas Novas, Evandro Magal (PP), está entre os presos. Ele é suspeito de liderar um sistema de corrupção, pagamento de propina e concessão de benefícios a empresários, principalmente do ramo turístico.
Presos de forma temporária na última quinta-feira (13), os detidos seriam soltos nesta terça-feira (18). O pedido do prorrogação foi realizado pelos promotores do Grupo Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público do Estado de Goiás (MPGO). Segundo o órgão, esse acréscimo no prazo é para dar continuidade nas coletas de provas e depoimentos dos detidos.
Os suspeitos presos estão no Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia. Além do prefeito de Caldas Novas, estão detidos Luciano Silva Guimarães Filho; a pregoeira da Prefeitura, Rosane Rodrigues Rosa; João Afonso e Rony Lopes; e o policial militar reformado e diretor da Secretaria municipal de Administração de Caldas Novas, Marcos Patrício Alencar Escórcio, Sandro Silva Guimarães, que foi detido em Santa Vitória (MG) e trazido para Goiânia, e uma enfermeira.
O advogado de defesa do prefeito, Leandro Silva, destaca que irá recorrer a decisão. Segundo ele, a operação é “injusta e abusiva”, pois a operação é baseada por interceptações realizadas em 2015 e a caracteriza por fazer “terror psicológico”. “O prefeito nunca foi intimado e sempre se colocou à disposição do MP para esclarecer tudo o que estavam querendo saber. Outro fato que chama atenção é que a operação foi deflagrada em meio a campanha eleitoral, o que no mínimo é intrigante e curioso.”
Relembre o caso
A operação foi deflagrada no último dia 13 pelo MPGO, com o auxílio das polícias Civil, Militar e Rodoviária Federal, que realizou o comboio dos detidos de Caldas Novas até a sede o órgão, em Goiânia. Simultaneamente, a operação abrangeu a capital, Morrinhos, Itumbiara, Aruanã, Aparecida de Goiânia e em Santa Vitória (MG). Na cidade das águas quentes, o prefeito foi preso no Residencial Saint Paul. O prédio da Prefeitura da cidade e do Poupa Tempo também foram alvos da operação, além de um gabinete de vereador, que não teve a identidade divulgada.
Durante coletiva de imprensa, o MPGO declarou que há provas que mostram que o prefeito era líder do esquema. Entre as fraudes, estão o direcionamento de licitações a empresas, muitas delas fantasmas, que estavam ligadas com o prefeito que, em apenas um documento, aponta do rendimento de R$ 1 milhão a esses estabelecimentos, alguns até fantasmas.
Além disso, é investigado a alteração do Plano Diretor de Caldas Novas para beneficiar empresas e, antes da deflagração da operação, há suspeita de fraude processual nos documentos apreendidos pelos os promotores. Também foram apreendidos U$ 120 mil em espécie, cheques, documentos e um revólver calibre 38.