Ex-advogados comissionados da Prefeitura Goiânia são investigados pelo MP-GO
Órgão acredita que valores depositados em juízo eram desviados para aumentar honorários advocatícios
Dois ex-advogados comissionados do município de Goiânia são alvo de uma ação civil pública do Ministério Público de Goiás (MP-GO). Dalmir Batista da Silva e Marden de Carvalho Bessa são investigados pelos crimes de improbidade administrativa e peculato. O órgão solicitou o bloqueio de bens de R$ 927.830,83 de Dalmir e de R$ 106.078,21 de Marden.
De acordo com o MP-GO, os advogados retinham valores depositados em juízo de forma ilícita. O dinheiro, que deveria ir para os cofres da Prefeitura de Goiânia, era convertido ilegalmente em honorários advocatícios e custas processuais. Os promotores responsáveis pela ação acreditam que o objetivo do esquema era elevar o percentual dos honorários com o dinheiro dos depósitos judiciais.
A ação é resultado de uma outra investigação feita pelos promotores do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco). Eles encontraram indícios de que Dalmir retinha autos judicias sem justificativa, sem prestação de contas ou com prestação de contas insuficiente. Os autos em questão poderiam resultar em verbas para os cofres da prefeitura.
A Prefeitura de Goiânia, por meio de nota, afirmou que os dois trabalharam na Procuradoria em anos anteriores a 2016. O Paço Municipal informou também que, desde então, somente procuradores de carreira concursados atuam no município. Por fim, ressalta que irá atuar em conjunto e cooperação com o MP-GO para apurar o caso.
Com informações de MP-GO.