Ex-caseiro é preso suspeito de matar colega que causou sua demissão, em Niquelândia
O crime aconteceu em 2018, mas a polícia só prendeu o suposto autor do crime na manhã desta quarta-feira (15)
O ex-caseiro de uma fazenda está preso suspeito de matar José Lopes da Silva, que era seu colega de trabalho, em Niquelândia. Segundo a Polícia Civil, o crime aconteceu depois que a vítima e o suspeito discutiram pela quantidade de dias trabalhados na fazenda. O desententimento chegou ao conhecimento da proprietária rural, que acreditou em José e demitiu o outro caseiro. O crime aconteceu em 2018, mas a polícia só prendeu o suposto autor do crime na manhã desta quarta-feira (15).
Desde 2018 a polícia investiga o caso como se José tivesse apenas desaparecido. Ao longo deste período, os investigadores ouviram vários relatos de conhecidos e familiares, mas nunca chegaram a nenhuma conclusão.
No entanto, em julho de 2021, a polícia passou a tratar o caso de José como um possível homicídio. Isso porque encontraram restos mortais de um homem na região de Rozarina, em Niquelândia Análise pericial constatou que a ossada era de José.
Demissão teria motivado o crime, diz polícia
O delegado do caso, Cássio Arantes, afirma que a mencionada demissão pode ter sido o motivo por trás do crime. Na época, o suspeito disse à vítima que trabalhou quatro diárias na fazenda. Porém, José discordou e disse que o colega havia trabalhado apenas duas diárias.
A discordância teria causado uma discussão entre os dois, que chegou ao conhecimento da proprietária da fazenda. A mulher concordou com José e demitiu o ex-caseiro. Insatisfeito, o delegado afirma que o homem matou José para se vingar.
Ex-caseiro nega que matou colega
De acordo com o delegado, o ex-caseiro nega que tenha matado José. A versão dele, no entanto, contradiz versões de outras pessoas ouvidas no inquérito.
O fato do suspeito negar o crime, dificulta a investigação. Até porque, a causa da morte de José ainda não foi definida no laudo. O motivo disso, é que os restos mortais só foram encontrados três anos após o crime, sem possibilidade de realização do laudo cadavérico.
“Sem corpo, a investigação demorou muito. Era difícil afirmar que a vítima estava morta. Inclusive, o suspeito poderia alegar isso”, afirma o delegado.
Prisão
Na casa do ex-caseiro, a polícia apreendeu uma espingarda calibre 20, cartuchos do mesmo calibre e de calibres 28 e 32. Segundo a corporação, o suspeito não possui nenhum antecedente criminal. Mas agora está preso temporariamente preso, suspeito de homicídio, além de também responder por posse ilegal de arma e de munições.
O Mais Goiás não conseguiu localizar a defesa do ex-caseiro, já que as autoridades policiais não divulgaram o nome dele.
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*Larissa Feitosa compõe programa de estágio do Mais Goiás sob supervisão de Hugo Oliveira.