Ex-deputado estapeia computador de hospital no DF após amigo ter AVC sem atendimento; vídeo
Nas imagens, o ex-parlamentar aparece brigando com funcionários e batendo em um monitor de computador
O ex-deputado do Distrito Federal, Raad Massouh, foi gravado na madrugada da última quinta-feira, 25, em meio a uma discussão no hospital Santa Helena, na Asa Norte de Brasília. Nas imagens, o ex-parlamentar aparece brigando com funcionários e batendo em um monitor de computador. Eles discutiam sobre a internação de Antônio Melo, 76 anos, que havia acabado de sofrer um acidente vascular cerebral (AVC).
Em entrevista ao Estadão, Raad afirmou que o hospital estava impedindo o tratamento de Antônio na unidade por falta de pagamento. Os funcionários pediam R$ 118 mil por uma estadia de 10 dias na unidade de tratamento intensivo (UTI) e nos quartos do hospital.
Ele conta que foi acordado por um telefonema dos familiares de Antônio às 00h40 de quinta-feira. Eles pediam que ele os ajudasse depois que o idoso havia sofrido o acidente. Antônio, também conhecido por seo Melo, é o dono de um casa de shows em Brazlândia e promove eventos nas regiões administrativas do DF.
Antes, os parentes do homem buscaram socorro no Hospital Regional de Sobradinho (HRS). Como o atendimento estava demorado, procuraram a saúde privada.
Então ele dirigiu-se ao hospital e questionou seus funcionários sobre a cobrança de um caução de cerca de R$ 11,8 mil por cada dia de internação. “Eu quero que um de vocês me diga qual é o banco que vai fazer um Pix a uma hora da manhã de R$ 110 mil. Algum cartão de crédito paga R$ 110 mil uma hora dessa?”, cobrou dos profissionais, enquanto seu Melo estava em uma maca, com os aventais do hospital.
“Ele vai morrer”, gritava o ex-parlamentar, apontando para o amigo. Em certo momento da gravação, Raad é visto esbofeteando a tela de um dos computadores do hospital, que estava no balcão de atendimento à sua frente. Ele afirma que se ofereceu para pagar pelo equipamento, mas os funcionários disseram que não seria necessário.
“Pedi desculpas e não quiseram fazer uma B.O. [boletim de ocorrência]”, afirmou o ex-deputado.
*Do Estadão