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Ex-gerente do Banco do Brasil é investigado por desvio de R$ 12 milhões em Crixás

Polícia Federal também apura envolvimento de empresários de outras cinco cidades de Goiás. Banco afirmou que funcionários foram demitidos

A Polícia Federal (PF) investiga empresários e um ex-gerente do Banco do Brasil de uma filial da cidade de Crixás. Eles são acusados de desviar R$ 12 milhões da instituição. Segundo a PF, a quadrilha fraudava financiamentos e desviavam os recursos para terceiros.

De acordo com as investigações, foram gerados aproximadamente R$ 12 milhões em recursos de financiamentos e as fraudes só foram possíveis com o auxílio do ex-gerente, que facilitava a abertura das contas bancárias e financiamentos. O ex-gerente aprovava propostas incompatíveis com a realidade do proponente e em curtos prazos.

As fraudes ocorreram nas linhas de créditos do Financiamento de Desenvolvimento Rural (FCO Rural), do Financiamento para Investimentos dos Médios Produtores Rurais (PRONAMP CUSTEIO) e do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (PRONAF). Os financiamentos são voltados para o atendimento ao setor agropecuário e contam com taxas mais favoráveis.

Além de Crixás, estão sendo cumpridos 25 mandados de busca e apreensão em mais cinco cidades de Goiás: Goiânia, Anápolis, Nova América, Rubiataba e Nova Crixás.

Por meio de nota, o Banco do Brasil esclareceu que as fraudes foram descobertas em 2011 e os funcionários envolvidos foram demitidos no final de 2012, após responderem processo administrativo.
O Banco do Brasil mantém uma estrutura dedicada à prevenção a fraudes. A conduta de funcionários do Banco envolvidos em irregularidades é analisada sob o aspecto disciplinar, com soluções que vão desde a advertência e suspensão até destituição do cargo, até a demissão sem justa causa e demissão por justa causa. O BB ofereceu notícia-crime às autoridades em 2013 e todas as informações necessárias à investigação foram repassadas às autoridades. O Banco não informa valores envolvidos, mas antecipa que não houve prejuízos aos seus clientes”, lê-se na nota.