'Era sedutor'

Ex-namorada diz que nunca desconfiou de suposto serial killer

Durante relação sexual com a mulher, vigilante ficava de olhos fechados.


//

Em entrevista à TV Anhanguera (Globo), uma universitária, que preferiu não se identificar, afirma que manteve um relacionamento extraconjugal por seis meses com o vigilante Tiago Henrique Gomes da Rocha, de 26 anos, apontado como o autor de 39 assassinatos em Goiânia.

Durante a entrevista, que foi ao ar no Jornal Anhanguera 2ª Edição, ela contou que nunca desconfiou das atitudes do motociclista. “Eu só achava estranho ele ser caladão, mas não imaginei que pudesse ser um serial killer. Ele é um sedutor”, disse.

Segundo a mulher, Tiago sempre foi muito carinhoso e atencioso. A universitária conta que o jeito misterioso do suspeito a atraiu. “O Tiago tem um ponto de interrogação quando a gente olha pra cara dele. Ele é um enigma. Aquele jeito sério. E além de tudo, é bonito”, disse ela.

Durante as relações sexuais, segundo a mulher, algumas atitudes do vigilante a intrigavam, mas não a ponto de desconfiar que ele pudesse ser um criminoso. “Não tinham coisas mirabolantes ou diferentes que pudesse detectar que ele era um maníaco. Ele ficava muitas vezes de olho fechado. Eu não entendia e ele dizia que era por causa da claridade”, relembra.

Ainda segundo a universitária, Tiago cobria o rosto dela com os cabelos dela durante o ato sexual.

ENVOLVIMENTO

Vizinha de Tiago, ela conta que, mesmo casada, teve um relacionamento com rapaz. Quando o marido desconfiou, “cortou” relações. O jovem, então, teria ficado agressivo e o casal precisou se mudar. Mas continuou morando no Setor Vera Cruz 2, a poucos metros do antigo endereço.

O envolvimento começou, segundo a mulher, em julho de 2012, logo que após ela e o marido se mudarem para a Rua VC-55, no Conjunto Vera Cruz 2. O casal morava na casa da frente e fizeram amizade com Tiago, morador do barracão nos fundos.

Em novembro de 2013, o relacionamento chegou ao fim depois que o marido, que também desconfiou da intimidade entre os dois. “Ele viu que não era só amizade e pediu para acabar com aquilo, então eu tive que cortar”, disse ela, recentemente ao jornal O Popular..

Com rompimento, o jovem teria ficado agressivo. “Ele xingava, gritava, batia a porta e ficava olhando para a gente de cara feia. Algumas vezes entrava aqui em casa”, relata.

PRISÃO

O vigilante foi preso na última terça-feira (14/10). Em depoimento na quarta-feira (15/10), ele contou que era o responsável por 39 assassinatos, entre eles homossexuais, moradores de rua e jovens.