CENA DO CRIME ALTERADA

Ex-noivo responderá por feminicídio de professora Larissa em Formosa

Crime ocorreu no dia 2 de novembro; então noivo - que chegou a fugir do local sujo de sangue - foi preso em flagrante e afirmou que vítima teria cometido suicídio

Noivo foi preso suspeito matar professora Larissa forjar o suicídio da vítima (Foto: reprodução/redes sociais)

O inquérito sobre a morte da professora Larissa Quintino, 30 anos, em Formosa, chegou ao fim. Larissa foi morta com um tiro na cabeça em 2 de novembro. O ex-noivo dela, que chegou a afirmar que a mulher teria cometido suicídio, será indiciado por feminicídio.

Trabalhos de perícia concluíram que a cena do crime foi alterada com o objetivo de simular o suposto autoextermínio. Na época, o homem foi preso em flagrante, após fuga e tentativa de agressão contra policiais militares.

De acordo com a Polícia Civil, o trabalho da Polícia Científica foi determinante para comprovar que a professora tinha sido vítima de um crime. Agora, o inquérito será encaminhado ao Poder Judiciário para que o Ministério Público promova a responsabilização do suspeito.

Crime

Após balear a professora e supostamente alterar a cena do crime, o ex-noivo acionou o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), que pode apenas constatar o óbito. Equipes constataram indícios de que o local havia sido alterado.

O suspeito chegou a fugir após a chegada do socorro, mas foi localizado pela Polícia Militar momentos depois. Ele estava com roupas e mãos sujas de sangue, mas negou o feminicídio e afirmou que ambos tinham discutido e, na sequência, a professora teria tirado a própria vida.

A tese de que o suspeito tinha atirado contra a então noiva ganhou força quando ele passou a dar várias versões para o ocorrido e não conseguiu apresentar justificativa válida, segundo a Polícia Civil, para a fuga. Ele ficou agressivo e desferiu chutes e ofensas contra militares no momento em que recebeu voz de prisão.

Familiares de Larissa reforçaram que o homem era uma pessoa violenta e que agredia a companheira constantemente. A arma utilizada no crime também foi reconhecida por testemunhas que apontaram que o suspeito era o proprietário e já tinha sido visto com a arma.