Extraditado para o Brasil

Ex-PM condenado vivia vida de luxo nos EUA com salário de US$ 28 mil

Ex-policial militar foragido desde 2023 é capturado nos Estados Unidos, vivendo uma vida de luxo. Ele foi condenado a mais de 21 anos de prisão por homicídio em Goiás e já está de volta ao Brasil

Paulo Antônio de Souza Júnior, um ex-policial militar condenado a 21 anos e 4 meses de prisão por homicídio, foi descoberto vivendo uma vida de luxo nos Estados Unidos, onde ganhava um salário mensal de US$ 28 mil. Ele trabalhava como caminhoneiro e residia com sua família em uma casa alugada no país.

Júnior estava foragido desde outubro de 2023, mas foi capturado em julho de 2024 por uma agência de imigração americana devido à sua condição de foragido. Após a prisão, ele foi transportado de volta ao Brasil e desembarcou no Aeroporto Internacional de Belo Horizonte, em Confins, na última sexta-feira (22/11).

O caso

A condenação do policial é resultado de um incidente ocorrido em 2017, em Goiânia. Nesse evento, ele e outros dois policiais militares à paisana visitaram a residência do pai da vítima, Robertinho. Após um disparo de arma de fogo pelo pai da vítima, Robertinho foi atingido por vários tiros e morreu. Os policiais alegaram legítima defesa, mas a investigação concluiu que essa justificativa não era válida. Roberto, o pai do adolescente, também foi ferido e ainda sofre com os projéteis alojados em seu corpo.

Após os eventos, os réus foram presos, mas libertados quase três meses depois. Esta libertação temporária não impediu que as consequências legais se desenrolassem.

Atualmente, Júnior aguarda para cumprir sua sentença no batalhão da Polícia Militar em Goiás, uma vez que foi expulso da corporação devido à sua condenação e fuga do presídio. Seu advogado, Paulo Roberto Borges, argumentou que a punição foi excessiva e as provas apresentadas durante o julgamento eram insuficientes. Ele reiterou que Paulo sempre trabalhou em prol da sociedade e ressaltou que a condenação foi injusta, solicitando uma revisão criminal no processo de condenação.

Até o momento, a defesa do envolvido não foi localizada, mas o espaço permanece aberto para manifestação.