"CHEQUE-MATE"

Ex-prefeito de Água Fria e ex-secretários são condenados por desvio de dinheiro público

Ex-prefeito João de Deus Carvalho cumprirá pena de 10 anos e 2 meses de prisão em regime fechado

O juiz Carlos Arthur Ost Alencar, 2ª Vara Criminal da comarca de Planaltina, condenou o ex-prefeito João de Deus Silva Carvalho e três ex-secretários do município de Água Fria, a 335 quilômetros de Goiânia, por participação em esquemas de desvio de dinheiro público da administração municipal. As evidências foram colhidas pela operação Cheque-Mate, em 2018. A denúncia foi oferecida pelo Ministério Público (MP-GO).

O ex-prefeito de Água Fria João de Deus Silva Carvalho foi condenado pelo crime de associação criminosa e de responsabilidade fiscal. Segundo os autos, ele também responderá por apropriação de bens, desvio de rendas públicas em proveito próprio ou alheio, falsificação ideológica e falsificação de documentos. A pena é de 10 anos e 2 meses de prisão em regime fechado, mais 264 dias-multa de 1/30 do salário mínimo da época do ocorrido.

Roberto Márcio Morais de Castro, ex-secretário de Finanças, foi condenado pelos crimes de associação criminosa e responsabilidade fiscal. Juntamente, também, responderá por falsidade ideológica. A condenação será de 5 anos e 20 dias de reclusão em regime semiaberto com 55 dias-multam, fixado em 1/30 do salário mínimo referente ano de 2018.

O também ex-secretário de Finanças Leonardo André Amorim Machado Gomes foi condenado pelos crimes de associação criminosa, responsabilidade fiscal e falsidade ideológica. A sua pena será de 9 anos e 7 meses de reclusão, em regime fechado. A multa é de 99 dias-multa com valor fixado de 1/30 do salário mínimo da época do indiciamento.

O ex-secretário de Comunicação Antônio Carlos Viera também condenado por associação criminosa e responsabilidade fiscal. Antônio cumprirá pena de 3 anos, que serão transformados em trabalhos voluntários a comunidade. O indiciado deve trabalhar uma hora por dia de condenação.

esquema consistia em emissão de cheques no nome de um suposto servidor da prefeitura. Contratos de serviços eram forjados no nome do laranja e eram feitos cheques com valor baseado nos contratos falsos. Desta forma os quatros acusados poderiam recolher o valor sem restrições.

De acordo com o MP-GO, os falsos cheques eram enviados com a intenção de legitimar a ação da quadrilha e justificar valores pagos ao servidor, na época das investigações da operação. Estes documentos eram assinados pelo João de Deus, o esquema ainda contava com a participação do contador. Os outros três secretários participavam diretamente do esquema, assinando cheques e ordens de serviços com os preços adulterados de suas respectivas pastas.

A denuncia foi feito no ano de 2018, pelo promotor de Justiça, Rafael Simonetti Bueno da Silva.

*Com informações do MP-GO