Ex-primeira-dama de Quirinópolis é indiciada por omissão diante de estupros em abrigo
A Polícia Civil indiciou, nesta segunda-feira (22), a ex-primeira-dama de Quirinópolis Maria Zélia Teodoro Alces, uma…
A Polícia Civil indiciou, nesta segunda-feira (22), a ex-primeira-dama de Quirinópolis Maria Zélia Teodoro Alces, uma ex-presidente do Conselho da Criança e do Adolescente; a coordenadora do abrigo Cantinho de Luz e mais sete pessoas por crimes ocorridos na casa de acolhimento da cidade.
A Polícia Civil conta que duas meninas, de dois e cinco anos, e quatro meninos – todos menores de 14 anos – foram estuprados no local, que deveria ser um lugar de acolhimento e recomeço, uma vez que o abrigo é uma instituição municipal destinada a atender crianças e adolescentes em situação de violência ou abandono familiar.
O Mais Goiás entrou em contato com delegada Camila Vieira Simões. Ela conta que as investigações tiveram início quando um casal de adotantes estava com a guarda provisória de duas crianças e uma delas contou a eles sobre as experiências sexuais vividas no local. Ela diz também que a polícia descobriu que duas crianças que fugiram do abrigo também relataram abusos sofridos na instituição.
A delegada conta que, após a denúncia, a polícia descobriu que havia omissão por parte de algumas cuidadoras e responsáveis pelo abrigo, que tinham ciência dos crimes. A coordenadora conversou com a investigadora e disse que repassou as ocorrências para a ex-primeira-dama do município e para ex-presidente do conselho da criança e do adolescente. Porém, segundo ela, ambas não fizeram nada a respeito.
Ainda de acordo com a Polícia Civil, deste modo, a ex-primeira-dama de Quirinópolis, a ex-presidente do conselho da criança e do adolescente, a coordenadora do abrigo e mais sete pessoas responderão pelo crime de estupro de vulnerável, na forma comissiva por omissão. A polícia também realizou o afastamento cautelar da atual coordenadora, das cuidadoras e da equipe técnica do abrigo das funções.
O Mais Goiás não teve acesso à defesa das denunciadas. Porém, o espaço continua aberto para manifestações.