Ex-sargento do Exército é preso suspeito de espancar e quebrar mandíbula da companheira, em Planaltina
As agressões eram frequentes e sempre realizadas sem qualquer motivo aparente
A Polícia Civil prendeu, na quinta-feira (29), um ex-sargento do Exército Brasileiro, de 30 anos, suspeito de espancar a companheira, em Planaltina de Goiás. Segundo a corporação, as agressões eram frequentes e realizadas sem qualquer motivo aparente. A última, cometida no dia 11 de dezembro, foi tão violenta que quebrou a mandíbula da vítima.
O ex-sargento convive há mais de um ano com a vítima e, juntos, eles têm um filho de 4 meses. De acordo com as investigações, a última briga do casal começou em um evento festivo entre amigos, tendo sido cessada momentaneamente. Porém, como era de costume, segundo a vítima, sempre que havia discussão ou quando ela o contrariava, era espancada ao chegarem em casa.
No dia do crime, o ex-sargento agrediu novamente a vítima com socos e chutes, até que ela ficasse desacordada. Após a violência, o agressor ligou para o pai da mulher e pediu para que a buscasse e a levasse da residência.
A vítima compareceu na Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher (Deam) de Planaltina no dia 12 de dezembro para comunicar os fatos e solicitar medidas protetivas. A mulher apresentava diversas lesões por toda parte do corpo. Uma delas no rosto, em que era visível a grave lesão em seu maxilar.
Após o atendimento, a vítima foi encaminhada para o hospital, onde ficou internada por alguns dias, devido às lesões. Na unidade, foi confirmado que a mandíbula estava com fratura completa. Diante da situação, a Deam representou pela prisão do ex-sargento.
Ex-sargento do Exército suspeito de quebrar mandíbula da companheira debochou das investigações
Segundo a polícia, durante toda a investigação, o homem demonstrou descrédito com as instituições de persecução criminal, encaminhando mensagens para conhecidos acreditando que nada de grave lhe ocorreria.
Após o deferimento inicial da medida protetiva de urgência, o homem enviou uma mensagem, via rede social, a uma pessoa dizendo que teria que “gastar com advogado”. Ele também tentou manter contato com a vítima, após ter ciência da concessão das protetivas, com a intenção de que ela retirasse as denúncias.
A Polícia Civil representou pela prisão preventiva do homem relacionado aos crimes de lesão corporal grave, ameaça e violência psicológica contra a mulher. O Ministério Público, por sua vez, entendeu que existiam mais dois crimes: descumprimento de medida protetiva de urgência e fraude processual.
Isso porque o ex-sargento possui diversos registros policiais da época em que ainda atuava como militar. Dentre eles, outra violência doméstica contra uma ex-companheira e uma infração em que desacatou e lesionou um policial militar, quebrando seu braço, durante uma abordagem.
O homem foi preso em uma chácara nas imediações de Planaltina e encaminhado para a cadeia pública.