"LESÕES LEVÍSSIMAS"

Ex-secretário de Ciência e Tecnologia de Goiás é condenado por violência doméstica

Juíza entendeu que houve "lesões levíssimas" e condenou o economista Marcelo Van Der Broocke a quatro meses de prisão em regime aberto

O economista e ex-secretário de Ciência e Tecnologia de Goiás na gestão do ex-governador Alcides Rodrigues, Marcelo Viana Van Der Broocke, foi condenado a quatro meses de prisão em regime aberto por agressão à ex-esposa. A decisão é juíza Liliana Bittencourt e foi proferida no último mês.

Conforme consta nos autos, o crime ocorreu no apartamento do casal em abril de 2018. À época, segundo a denúncia, o ex-presidente do Conselho Regional de Economia empurrou e segurou a então companheira fortemente pelo braço, causando lesões e roxos no braço esquerdo e pé direito.

Ainda de acordo com a denúncia, Van Der Broocke ofendia a vítima com palavras depreciativas de modo a estimular que o filho adolescente do casal passou a rir da mãe. A mulher teria ficado nervosa e repreendeu o garoto 13 anos. Neste momento, segundo os autos, o economista passou a agredir a esposa.

No curso do processo, o condenado disse que não houve agressão, mas, sim, separação do contato físico entre o filho e a vítima. Para a juíza Liliana Bittencourt, no entanto, a versão do economista não condiz com as lesões causadas na mulher à época dos fatos.

Sentença

Na decisão, a magistrada entendeu que houve “lesões levíssimas”. Assim, Van Der Broocke foi condenado a quatro meses de prisão no regime aberto. Segundo a juíza, embora a pena fixada tenha sido inferior a 4 anos, o caso não cabe conversão da pena em prestação de serviços, já que trata-se de violência no ambiente doméstico.

O economista terá que comparecer mensalmente ao Juízo para informar e justificar as atividades. Ele terá ainda que pagar as custas processuais e não pode se apresentar publicamente embriagado. Não pode, também, frequentar bares ou outros locais onde se comercializa bebida alcoólica, bem como não pode se ausentar da Comarca onde reside por mais de 30 dias sem autorização judicial.

O Mais Goiás entrou em contato com a defesa do ex-secretário e foi informado de que a decisão não será comentada.