Ex-superintendente do Ibama em Goiás é investigado por tráfico de madeira
Grupo criminoso extraía ilegalmente madeira de florestas pertencentes a unidades de conservação federal e terras indígenas no Norte do Brasil
Um ex-superintendente do Ibama em Goiás está sendo investigado pela Polícia Federal (PF) em uma operação de combate ao tráfico de madeira. Segundo a apuração, ele é integrante de um grupo criminoso responsável pela extração de recursos de florestas pertencentes a unidades de conservação e terras indígenas, no norte do Brasil.
Cerca de 60 policiais atuam na Operação Oroborus. Os federais estão cumprindo 13 mandados de busca e apreensão em Goiás e no Pará: 11 em Anápolis, um Aparecida de Goiânia e outro no município de Marabá (PA).
De acordo com a corporação, a quadrilha fazia o transporte e comercialização da madeira de origem clandestina utilizando “olheiros”. A função desses integrantes era obter informações de policiamento nas estradas, para que pudessem desviar percursos e evitar as fiscalizações.
Contudo, quando eram abordados, os integrantes do grupo apresentavam Documentos de Origem Florestal (DOFs) e Guias de Transporte Florestal (GTFs) falsificados, para aparentar legalidade à carga.
As madeiras extraídas eram principalmente das espécies angelim-vermelho, angelim-pedra, angico e ipê.
Os investigados poderão responder pelos crimes de associação criminosa e tráfico de madeira. As penas somadas alcançam mais de 12 anos de prisão.
O Mais Goiás tenta contato com o Ibama. O espaço está aberto para manifestação.