GOIÂNIA

Exclusivo: “ele me ameaçou e ameaçou minha família”, diz Dhomini após agressão

A briga foi motivada por desavenças após o fim de uma sociedade

O empresário Ailton Gomes Maranhão foi agredido por André Augusto Ferreira Fontes, também conhecido como ex-BBB Dhomini, na tarde desta terça-feira (13). A confusão aconteceu no Samoa Bar, localizado no Jardim América, em Goiânia. A briga foi motivada por desavenças após o fim de uma sociedade. O ex-bbb diz que foi ameaçado antes de agredir o empresário.

Em entrevista exclusiva ao Mais Goiás, Dhomini contou que ele e os empresários Ailton Gomes e Leonardo Scaff eram sócios-proprietários do Samoa Bar. Segundo o ex-bbb, a sociedade foi desfeita após suposta apropriação indébita, estelionato e injúria por parte de Ailton. Os investimentos no estabelecimento teriam sido feitos por Leonardo.

“O Ailton reuniu três sócios para captar dinheiro e montar o bar. Conduziu a coisa toda para ficar no nome dele, tirar a gente e não pagar. Nós também vimos pelas câmeras que tinha retirada no caixa sem a gente saber e quando faltou dinheiro a gente viu quem era”, disse.

Ainda conforme Dhomini, diante do prejuízo, Leonardo e ele decidiram ir ao estabelecimento para pegar objetos que compraram para o local. De acordo com ele, a confusão teve início quando Ailton chegou no bar.

“Eu estava desmontando um balcão com uma furadeira e ele passou umas três vezes por mim falando besteira e me ameaçando. Teve um momento que ele disse que sabia onde eu morava e que ia acabar com minha vida”, disse Dhomini. “Nessa hora não aguentei. Larguei a furadeira e parti para cima dele”, completou.

O ex-bbb disse que registrou boletim de ocorrência contra Ailton pelos crimes de apropriação indébita, injúria, estelionato e ameaça.

Versão de Leonardo Scaff

Também em entrevista exclusiva ao Portal, Leonardo Scaff confirmou a versão dada por Dhomini. Ele afirma que entrou na sociedade como investidor e Dhomini como divulgador. “A gestão sempre foi do Ailton, mas todo o dinheiro investido na empresa é meu. Boa parte dos equipamentos foi comprada por uma outra empresa minha, com outro CNPJ. Tenho os comprovantes de tudo isso”, disse.

Ainda segundo Leonardo, após o fim da sociedade, Ailton teria proposto um acordo, que não foi cumprido. “Fizemos um primeiro contrato para que ele me repassasse R$ 110 mil. Não foi cumprido. Fizemos um novo acordo para repassar R$ 70 mil, sendo pago R$ 5 mil mensais sem juros. Isso nunca foi cumprido”.

Por conta da quebra de acordo, o empresário e Dhomini foram ao bar para pegar alguns objetos adquiridos por eles para o estabelecimento. “A discussão só existiu por conta da abordagem deles (Ailton e o advogado) com filmagem e ameaças. Esse foi o grande problema”, finalizou.

O outro lado

Em nota enviada à reportagem, o advogado do empresário Ailton disse que a versão de Dhomini e Leonardo não é verdadeira. Segundo o texto, os únicos sócios eram Leonardo e Ailton. A nota diz ainda que a empresa nunca deu lucro.

“Não houve desvio de dinheiro por parte do Sr. Ailton. Não há nem mesmo indícios disso. Todos os equipamentos são da empresa, foram pagos pela empresa. Esses bens não são do Leonardo, são da empresa Samoa, adquiridos com capital da empresa”, diz trecho.

Ainda segundo a nota, Leonardo não faz mais parte do quadro social da Samoa e o empresário teria sido o responsável por elaborar a proposta de pagamento de R$ 110 mil. Ailton, por sua vez, não teve como pagar, pois a empresa não tem patrimônio, conforme consta no texto.