Exonerados 1.320 servidores temporários da UEG
O reitor interino da Universidade Estadual de Goiás (UEG), procurador Rafael Gonçalves Santana Borges, rescindiu…
O reitor interino da Universidade Estadual de Goiás (UEG), procurador Rafael Gonçalves Santana Borges, rescindiu uma série de contratos temporários de docentes e de servidores técnico-administrativos nesta quinta-feira (28). Na lista estão 1.320 nomes, que trabalham nos 42 campus de todo o Estado, que estariam irregulares. A decisão foi por meio das portarias 1.283/2019 e 1.284/2019 da UEG.
Um professor do quadro efetivo da instituição disse ao Mais Goiás que todos estão apreensivos. “Como reorganizar os Campus que necessitam destes docentes e técnicos administrativos? Como ficará a situação de cursos que têm apenas um docente efetivo ou outros, que não tem nenhum? Queremos repostas.”
O docente informou que, na prática, vão trocar contratos temporários por outros contratos temporários. “Concurso público, que seria o ideal, não tem previsão.” Ele disse, ainda, que não sabe como será o ano de 2020. Em algumas cidades, há cursos sem nenhum professor efetivo. “Corre risco de não ter turma no próximo ano.”
Apesar da medida afetar todo o Estado, a situação é mais grave no interior. “Na região metropolitana e grandes centros a maior parte é de efetivos. Podem acabar fechando muitas UEGs dessa forma.”
Polêmicas
Na última terça-feira (26), o diretor do Campus Faculdade do Esporte (Eseffego), Marcus Jary Nascimento, foi exonerado do cargo. A justificativa é um processo interno que apurou transgressões na gestão do Estádio Olímpico Pedro Ludovico Teixeira, em Goiânia. Estima-se que o prejuízo de R$ 480 mil para os cofres públicos.
Em março deste ano, o reitor professor Haroldo Reimer pediu a o afastamento do cargo devido a investigações de possíveis irregularidades são sobre contratos realizados de funcionários por meio do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec).
Após ficar seis meses como reitor interino, o professor Ivano Devilla renunciou ao cargo por meio de carta pública. Foi quando o Governo de Ronaldo Caiado (DEM), interviu na instituição e nomeou o procurador do estado, Rafael Gonçalves, para assumir o cargo.
UEG
Em nota, a UEG informou que, “por decisão da Justiça, os funcionários temporários que estão com contrato irregular na Instituição precisarão ser desligados até o final deste ano. Os desligamentos irão ocorrer em duas datas: 30 de novembro e 15 de dezembro”. No dia 30, haverá o desligamento dos servidores da limpeza e técnico-administrativos e em 15 de dezembro serão os docentes.
Além disso, a universidade relata que, em relação aos técnicos-administrativos, será utilizada reserva técnica do último concurso público de servidores efetivos. “Para o treinamento dos novos servidores e para a continuidade dos serviços vitais para a UEG, cerca de 50 servidores técnico-administrativos permanecerão trabalhando, por ora.”
Por fim, a nota destaca que “não haverá fechamento de campus e que está preparando um edital de processo seletivo simplificado para repor o quadro de professores”.
*Atualizada às 16:58