Expedição busca limpar rio Meia Ponte e registrar irregularidades
Na 1ª etapa, por exemplo, foram identificados 31 pontos de assoreamento, dois aterramentos, nove erosões e quatro erosões fluviais
Pesquisadores da Universidade Federal de Goiás e do Instituto Federal de Goiás realizam expedição para monitorar os níveis de poluição e apontar caminhos para recuperar o rio responsável por metade do abastecimento de água da Região Metropolitana de Goiânia. A ação será realizada no Rio Meia Ponte, na próxima terça-feira (19).
Essa é a segunda etapa da expedição com maior número de pesquisadores que na primeira ação. Eles vão percorrer o Meia Ponte e suas margens para recolhimento de detritos e para identificação de resíduos presentes na água. A partir de sugestões recebidas pela equipe do projeto, a população também será convidada a participar da preservação e da recuperação do manancial.
A Expedição Rio Meia Ponte é científica e não tem caráter fiscalizatório ou punitivo, mas todas as irregularidades observadas e incluídas na Carta das Águas foram reportadas aos órgãos competentes. Na 1ª etapa, por exemplo, foram identificados 31 pontos de assoreamento, dois aterramentos, nove erosões lineares, quatro erosões fluviais, um rompimento de manilha e duas “atividades impactantes não coincidentes com usos urbanos (pivôs de irrigação e mineradora)”.
A 2ª etapa da Expedição busca avaliar a situação do rio no período de seca, além de identificar novos pontos de crimes ambientais e de comparar condições do rio em momentos de chuva e de estiagem.
Um dos mais importantes rios de Goiás, o Meia Ponte nasce na Serra do Brandão, em Itauçu, e passa por 39 municípios ao longo de quase 500 quilômetros de extensão até sua foz no Rio Paranaíba, no município de Cachoeira Dourada.
A ação é promovida pela Câmara Municipal de Goiânia.