Consumidor

Fábrica é interditada e 600 quilos de salgados são apreendidos em Goiânia

Estabelecimento é clandestino e produtos estavam mal acondicionados

Uma fábrica de salgados congelados localizada no Setor Recanto das Minas Gerais, em Goiânia, foi interdidata nesta quinta-feira (24). Mais de 600 quilos de salgados foram apreendidos durante operação da Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Contra o Consumidor (Decon) em conjunto com a Vigilância Sanitária Municipal.

Segundo o delegado Rodrigo Godinho, adjunto da Decon, o início das investigações começaram após a apreensão de diversos produtos irregulares em um supermercado de Aparecida de Goiânia realizada em outubro. No local, agentes encontraram produtos congelados com data de fabricação de “Janeiro de 2017”. “Nos demos prosseguimento nas investigações para saber de quem era esse produto com validade pré-fixada,” conta.

Os policiais civis descobriram o local da fábrica e ontem eles realizaram a apreensão. Chegando no local, o delegado conta que também encontrou os produtos mal acondicionados. “As condições de higiene não eram terríveis. O lugar tinha assepsia, mas havia o acondicionamento irregular dos produtos, que não estavam embalados”, relata Rodrigo.

Durante a ação dos policiais e da equipe da Vigilância Sanitária, não foi encontrada etiquetas com data de fabricação errada. “Outras pessoas que estavam lá falaram que houve uma falha realmente, que eles trocaram o termo data de fabricação com data de validade, e a pessoa carimbou [a embalagem] de forma equivocada”, disse o delegado.

O dono da fábrica, que é clandestina, não estava no local. Rodrigo explica que a maior parte dos produtos foi descartada e outra parte será periciada pela Polícia Civil. “Logo vamos comprovar se os produtos realmente estavam impróprios para o consumo, como a gene acredita que esteja. A partir desse laudo vamos indiciar o dono do estabelecimento.”

Além da apreensão dos salgados, os agentes também recolheram as matérias-primas utilizadas na fabricação, que estavam com o prazo de validade vencido. O proprietário da fábrica, segundo o delegado, possivelmente será indiciado por crimes contra a relação de consumo que tem penas de 2 a 5 anos de reclusão.