Falha em equipamento do paramotor pode ter causado acidente em Caldas Novas
A suspeita é do Corpo de Bombeiros, que acredita que um dos equipamentos de acoplagem preso à asa possa ter se soltado
Uma falha em um dos equipamentos pode ter sido a causa do acidente com paramotor que resultou na morte de um casal, em Caldas Novas, na região Sul do Estado, na noite da última terça-feira (13). A suspeita é do Corpo de Bombeiros, que acredita que um dos equipamentos de acoplagem preso à asa possa ter se soltado. Os corpos de Vitória Carolina Gonçalves, de 21 anos, e Marley de Sousa Rego, de 35, foram encontrados às margens da GO-309 na quarta-feira (14). Ambos foram sepultados na manhã desta quinta (15).
Conforme expõe o Major dos Santos, o paramotor possui duas asas. Cada uma delas é ligada e presa a dois equipamentos de acoplagem chamados de mosquetões. “Recebemos a informação de que uma dessas asas teria se desprendido dos mosquetões. Tivemos acesso a uma filmagem e há a suspeita de que uma das asas estava descolada. Até o momento são especulações. Não há nada oficial ainda”, disse.
Apesar da suspeita, apenas as investigações feitas pelo Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) vai apontar quais foram os motivos do acidente, se o equipamento foi colocado de forma errada pelo piloto ou se o equipamento estava com algum defeito.
Investigação
A Polícia Civil (PC) também apura o acidente. Segundo o delegado Gustavo Carlos Ferreira, uma perícia já realizada no local. A corporação aguarda os laudos e ouvirá testemunhas nos próximos dias.
O casal iria oficializar o casamento na quarta-feira (14), no dia em que os corpos das vítimas foram encontrados. O amigo do casal e piloto de paramotor experiente há três anos, Andrei Elias Costa, afirmou que Marley já tinha feito muitos voos. “Ele era experiente e já tinha feito muitos voos duplos com a noiva. Antes do acidente, a Vitória inclusive estava gravando vídeos e enviando em um grupo que tínhamos no Whatsapp”.
Marley e Vitória estavam juntos há quatro anos. O homem era proprietário de um lava-jato no setor Santa Efigênia, em Caldas Novas. Ele deixou uma filha de seis anos que mora com a mãe, ex-mulher do piloto.