Sonegação

Falsário que causou prejuízo de R$ 1 milhão ao Estado é preso em Goiânia

Homem de 59 anos vendia notas fiscais falsas a comerciantes para que não pagassem ICMS

Um homem foi preso na manhã desta terça-feira (23), em Goiânia, suspeito de vender notas fiscais falsas a comerciantes, causando prejuízo fiscal de cerca de R$ 1 milhão ao Estado. Segundo a Polícia Civil, Greibe Jorge de Araújo Silva, de 59 anos, falsificou documentos e emitiu os comprovantes em nome de uma confecção têxtil para que os compradores não precisassem pagar o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS).

A titular da Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Contra a Ordem Tributária (DOT), Ana Cláudia Stoffel, explicou que o modo como o Estado recebe a tributação do ICMS, é por meio das notas fiscais emitidas pelos comerciantes. Para driblar esse imposto, lojistas compram os comprovantes prontos, no nome de outra empresa, e, desse modo, Greibe atuava.

A delegada informou que o suspeito clonou os documentos da proprietária de uma confecção têxtil e passou a emitir notas fiscais falsificadas no nome da empresa. “Alguns comerciantes clandestinos da região da Rua 44 compravam essas notas e desse modo não precisavam pagar o ICMS. Contudo, como a empresa que estava na nota era em nome de outra pessoa, ela era cobrada, desse modo, a proprietária que teve os documentos clonados percebeu que algo estava errada e nos procurou”, conta.

Segundo Ana Cláudia, a proprietária da confecção procurou a delegacia quando recebeu uma encomenda no nome de sua empresa, mas que, na verdade, ela não havia solicitado. As investigações mostraram que ela estava sendo cobrada pelo ICMS de vendas que ela não havia efetuado.

A delegada explicou que após a denúncia, policiais começaram a cruzar informações e chegaram até o nome de Greibe. Ana Cláudia afirmou que foram necessários mais de quatro meses de investigações que mostraram um prejuízo de cerca de R$ 1 milhão aos cofres públicos.

Além da prisão preventiva de Greibe, policiais conduziram coercitivamente dois comerciantes que teriam comprado notas fiscais falsas do suspeito. Segundo a delegada, os lojistas foram ouvidos e liberados, contudo, as investigações continuam, uma vez que o suspeito confessou ter falsificado os dados de outra empresa anos atrás para praticar o mesmo golpe e de ter usado identidades falsas. O homem deve responder por falsificação de documento público, falsidade ideológica e sonegação fiscal.