INVESTIGAÇÕES

Família acredita que Danilo tenha sido morto por “pessoa conhecida”

Polícia já indiciou, na semana passada, a mãe e o padastro por abandono de incapaz

O menino Danilo de Sousa Silva, de 7 anos

Uma tia do garoto Danilo de Sousa Silva, de 7 anos, que foi encontrado morto na noite de segunda-feira (27), em um lamaçal no Parque Santa Rita, em Goiânia, acredita que “alguém conhecido” tenha cometido o crime. A Delegacia de Investigação de Homicídios (DIH) montou uma força-tarefa para apurar o crime.

A mulher, que não quis se identificar, não dá detalhes. “A família está destruída, um tenta dar força para o outro”, salientou.

A Polícia Civil já ouviu a mãe, vizinhos e parentes de Danilo. Inclusive indiciou, na semana passada, a mãe e o padastro por abandono de incapaz. A titular da Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA), Ana Elisa Gomes, aponta que a Polícia Civil só foi acionada na quinta-feira (23), ou seja, dois dias após o sumiço do garoto.

A DPCA finalizou as investigações sobre o desaparecimento ainda na terça-feira (28), quando foi confirmada a identidade do corpo encontrado no lamaçal. A partir de então assumiu a DIH, com força-tarefa formada por 20 policiais e comandada pelo delegado Ernane Cazer, que já colhe depoimentos e realiza diligências na região do Parque Santa Rita.

Buscas

O corpo de Danilo foi encontrado de bruços em um lamaçal, na noite de segunda-feira, às margens do córrego Capão Comprido, no Parque Santa Rita. Conforme apontou o tenente-coronel Fernando Caramaschi, o local não é onde uma criança iria sozinha e não tem buraco para que ele pudesse cair. Além disso é de difícil acesso, nem os cães farejadores conseguiram ir ao local.

Danilo só foi encontrado após os bombeiros aumentarem a área de busca, a princípio circunscrita à margem mais próxima à casa da família. O corpo estava na outra margem, onde somente os bombeiros puderam acessar, já que é de lamaçal, sem os cães farejadores.

Na noite de sexta-feira (24), a equipe dos bombeiros chegou a fazer buscas dentro da cisterna na casa da família de Danilo. O corpo também foi procurado no próprio lote, que é cheio de sacos e objetos, já que a família vive de reciclagem.

Ele sumiu na tarde do dia 21 de julho após deixar o celular que usava para jogos em casa e avisar à mãe que iria para a casa da avó, que mora no mesmo quarteirão, mas na rua de trás.