Confronto

Família contesta informação da PM sobre morte de rapazes, em Trindade

Um familiar afirmou ao Mais Goiás que apenas uma das vítimas tinha envolvimento com drogas

Perícia afirma que alteração na cena do crime dificulta saber se houve confronto durante morte de irmãos, em Trindade

A família dos dois jovens mortos pela Polícia Militar (PM) dentro de casa nesta segunda-feira (6), contestou a versão dada pela corporação de que teria havido confronto. Foram mortos Victor de Paula Araújo, de 21 anos; e Kalebe de Paula Araújo, de 18. O caso aconteceu no Setor Maysa II, em Trindade.

“Só uma das vítimas tinha envolvimento com drogas”, afirma o familiar ao Mais Goiás. Ele preferiu não se identificar. Segundo o homem, seria Victor que teria se envolvido com o tráfico. Em contrapartida, o capitão Sérgio, do Batalhão de Operações Policiais Especiais (BOPE), afirma que cada uma das vítimas possuía mais de 20 antecedentes criminais.

Segundo o primo dos rapazes, os dois jogavam vídeo game no momento em que foram mortos. Ele diz que, quando a família chegou ao local, a tela do computador estava ligada no jogo. “Os rapazes moravam com o pai, que estava trabalhando”, completa.

A corporação ainda disse que Victor e Kalebe eram suspeitos de de porte ilegal de armas. E mais: que faziam parte de uma facção criminal. E que na casa foram encontrados dois tabletes de maconha, três armas de fogo e um simulacro de arma de fogo.

A PM ainda informou ao Mais Goiás que, após o suposto confronto, os dois rapazes foram socorridos com vida, levados para hospital mas não sobreviveram aos ferimentos.

Outra informação que o familiar corrigiu é sobre a morte da mãe deles. Segundo o capitão Sérgio, ela havia cometido suicídio há duas semanas. Contudo, o primo conta que o caso aconteceu há cinco anos, em decorrência de uma depressão.

A família ainda não soube informar sobre o velório ou o sepultamento de Victor e Kalebe.