Família de João de Deus denuncia que ativista orientou o MPGO e o MPSP com informações falsas
Mesmo preso desde dezembro de 2018, alguns casos que foram atribuídos a João Teixeira de…
Mesmo preso desde dezembro de 2018, alguns casos que foram atribuídos a João Teixeira de Farias, o João de Deus, não foram esclarecidos. A denúncia é feita pela família do médium.
Um mês após ir para o Núcleo de Custódia de Aparecida de Goiânia, a ativista Sabrina Bittencourt publicou um vídeo no Facebook, no qual destaca que o médium teria envolvimento em tráfico de crianças e escravidão de mulheres.
Porém, até agora, essas acusações não viraram denúncias formais por parte do Ministério Público de Goiás (MP-GO), que chegou a colher o depoimento da ativista, desaparecida desde fevereiro deste ano.
Até hoje, a família do médium espera resposta para três questões apontadas pela ativista:
- Cadê o cemitério clandestino que ele tinha em uma de suas fazendas?
- Onde estão as mulheres negras que João de Deus mantinha em uma das propriedades para produzirem crianças pra serem vendidas pra Europa?
- O que deu a investigação do MP de que João de Deus teria sequestrado 2 filhos de uma família estrangeira e pedido resgate?
Por meio de nota enviada aí Mais Goiás, o MP-GO informou que a prioridade, neste primeiro momento, são as investigações de crimes sexuais, sendo ele estupro de vulnerável ou violação sexual mediante fraude. “Possíveis demais crimes podem estar em investigação por outras autoridades (Polícia Civil e/ou Polícia Federal).
O foco do Ministério Público é nos crimes sexuais. Até, pelo menos, a força-tarefa concluir estas investigações, não será aberta outro plano de investigação”, finaliza o texto.
Em relação a denúncia do tráfico das crianças, órgão ressaltou que é assunto para a Polícia Federal, mas não informou se já havia repassado algo para a corporação.