FEMINICÍDIO

Família de mulher assassinada em Goiânia faz vaquinha para levar corpo ao Amapá

A família de Caroline Conceição do Nascimento, de 26 anos, natural do Macapá, capital do…

A família de Caroline Conceição do Nascimento, de 26 anos, natural do Macapá, capital do Amapá, criou uma vaquinha virtual para arrecadar o dinheiro necessário para levar o corpo da jovem de volta ao seu estado, onde seus parentes moram. Caroline foi assassinada na frente do filho de 6 anos em Goiânia, no primeiro dia do ano. O suspeito, Anderson Gomes Pedro Pupim, de 40 anos, é guarda civil metropolitano (GCM) e marido da vítima. Ele confessou o crime.

Os familiares de Caroline se mobilizaram para levantar o valor de R$ 12 mil, quantia necessária para realizar o translado do corpo de Caroline de Goiânia a Macapá. Nas redes sociais, uma publicação é compartilhada com os seguintes dizeres: “A macapaense Caroline foi brutalmente assassinada pelo companheiro em Goiânia, enquanto salvava seu filho. A mãe conta com a solidariedade de todos para trazer o corpo de sua filha”.

Na noite do último sábado (2), a mãe, Raimunda Nazaré, e o irmão de Caroline chegaram em Goiânia para buscar o filho da vítima, que presenciou a morte da mãe. Em uma entrevista, Raimunda afirmou que vai criar seu neto como se fosse seu filho.

Relembre o crime

No dia 1º de janeiro de 2021, Caroline Conceição foi morta a tiros no Conjunto Aruanã III, em Goiânia. Antes de morrer, a mulher ainda conseguiu jogar o filho de 6 anos por cima do muro da casa, com medo de que ele também fosse atingido pelos disparos. O principal suspeito do crime é o GCM Anderson Gomes, marido da vítima.

Aos policiais que atenderam a ocorrência, o GCM, que matou a esposa com um tiro nas costas após também ser baleado por ela, contou que durante uma discussão em casa, a esposa pegou a arma particular dele, um revólver calibre 38, e atirou duas vezes. Ele foi atingido em um dos ombros e em um dos braços.

Mesmo ferido, ele revelou ter conseguido tomar a arma da esposa e que fez o disparo contra ela quando a vítima tentava fugir abraçada com um dos filhos do casal.

Na ocasião, Anderson foi socorrido e encaminhado para o Hospital de Urgências de Goiânia (Hugo). ele foi preso loga em seguida. Em nota, a Guarda Civil Metropolitana comentou o caso.

Veja:

“A Guarda Civil Metropolitana vem informar que o GCM envolvido no caso já estava afastado das funções operacionais e administrativas há alguns anos. Diante dos fatos, o mesmo estava recebendo tratamento social pela Assistência Social da GCM. Também informamos que o mesmo estava internado há poucos dias, recebendo supervisão interna e externa da instituição.

A GCM de Goiânia lamenta o fato e se colocará à disposição da justiça para esclarecimento sobre os fatos, bem como as orientações que forem pertinentes para as investigações da Polícia Civil. A GCM não compactua de forma alguma com qualquer tipo de violência e, em especial, contra as mulheres. 

É com muito pesar que a Guarda Civil Metropolitana de Goiânia vem a público se manifestar solidariamente com a família das vítimas. Estamos ao inteiro dispor para ajudar no que for necessário.”