ESTAVA DESAPARECIDO

Família do Maranhão descobre parente morto há mais de um mês no IML de Goiânia

Devido ao estado avançado de decomposição do corpo, parentes não conseguiram fazer o transporte do falecido

Homem estava morto no IML de Goiânia desde o dia 11 de fevereiro. Foto - Arquivo pessoal

Familiares de um homem de 32 anos, que estava desaparecido há mais de um mês, descobriram que o corpo dele estava no Instituto Médico Legal (IML) de Goiânia. De acordo com Luana Silva Alves, esposa de Ernane D’orlanda Alves, ele foi encontrado morto no dia 11 de fevereiro de 2024, no Córrego Botafogo, no Setor Crimeia Leste, mas a família só ficou sabendo da morte na última quarta-feira (27).

Natural do Maranhão, de acordo com a esposa, Ernane veio à Goiânia no dia 6 de fevereiro a trabalho. Porém, durante o trajeto da viagem ele teria sofrido um surto psicótico, que se repetiu quando chegou na capital. Segundo Luana, a família perdeu contato com ele no dia 9 de fevereiro e, no dia seguinte do mesmo mês, ela procurou a Polícia Civil de Goiás para informar o desaparecimento.

A esposa relata que o homem foi encontrado com o rosto e a barriga dilacerados e, desde então, o corpo dele estava no IML de Goiânia. Antes de desaparecer, Luana disse que Ernane tentou voltar para o Maranhão de ônibus, com argumento de que estava sendo perseguido, mas familiares acreditam que ele estava tendo alucinações.

De acordo com a esposa, devido ao estado avançado de decomposição do corpo, a família não conseguiu fazer o transporte dele de volta ao Maranhão. Por causa disso, ele foi enterrado no Cemitério Vale da Paz, na capital.

Na certidão de óbito de Ernani, consta que o registro da morte ocorreu no último dia 27 de março, mas não há informações sobre data e horário do óbito. A causa da morte também foi registrada como indefinida.

Estado do corpo dificultou identificação

Por meio de nota, a Superintendência de Polícia Técnico Científica (SPTC) informou que o estado em que o corpo foi encontrado e o fato de que não havia ficha papiloscópica da vítima no estado de Goiás dificultou a identificação do corpo. Por esse motivo, a família não foi avisada sobre o óbito de Ernane.

Confira nota na íntegra

“A Polícia Científica informa que o corpo, hoje identificado como sendo de Ernane D’olanda Alves, deu entrada no Instituto Médico Legal Aristoclides Teixeira (IMLAT) às 19h51min horas do dia 11 de fevereiro deste ano em estado de decomposição.

Dado o estado do corpo e o fato de que não havia ficha papiloscópica do mesmo no estado de Goiás não foi possível à Papiloscopia da Polícia Civil realizar o confronto e a consequente identificação do corpo. Como não houve procura por parte da família no IMLAT, não foi possível também a realização da identificação por meio do DNA ou mesmo pela Odontologia Legal.

No dia 26 de março às equipes da Papiloscopia da PCGO conseguiram o confronto com uma ficha papiloscopia do estado do Maranhão, sendo então identificado o corpo e, deste modo, o contato com os familiares se tornou possível. O corpo foi liberado e entregue aos familiares no dia 27 de março com a respectiva declaração de óbito”.