Familiares de pacientes denunciam problemas em clínica de hemodiálise, em Goiânia
Denunciante diz que vários pacientes têm passado mal, que capilar da unidade não é trocado e que uma pessoa morreu na cadeira de hemodiálise
Familiares de pacientes que fazem tratamento por hemodiálise na Clínica de Doenças Renais, em Goiânia, procuraram o Mais Goiás para denunciar que eles têm passado mal após o procedimento. Uma mulher, que preferiu não se identificar, disse que o capilar (tubo por onde circula o sangue) da clínica não é trocado regularmente.
“Meu irmão está na UTI do Hugol (Hospital Estadual de Urgências Governador Otávio Lage de Siqueira) e encontraram um vírus no cérebro dele. Um paciente amigo do meu irmão estava esperando uma vaga na UTI com os mesmo sintomas. Na terça-feira (7) uma pessoa morreu na cadeira de hemodiálise da clínica”, disse.
Resposta da clínica
Sobre as denúncias, a Clínica de Doenças Renais emitiu uma nota na última quarta-feira (8). Ela alega que “o único interno na UTI do Hugol atualmente é um paciente com freqüência irregular nas sessões de hemodiálise”. Segundo a unidade de saúde, esse paciente faltou às sessões de hemodiálise nos dias 21, 23 e 30 de dezembro e a ultima sessão a que compareceu foi no dia 3 de janeiro.
“A falta de regularidade nas sessões de hemodiálise compromete o estado de saúde de um paciente renal crônico. No entanto, o motivo da internação do referido paciente na UTI, segundo informações medicas, não tem relação com o tratamento hemodialítico, e estão aguardando a confirmação do diagnóstico”, lê-se no comunicado da unidade.
Sobre os capilares, a Clínica de Doenças Renais informa que “o reuso é normatizado pela RDC 11/2014 (Resolução da Diretoria Colegiada), a qual preconiza o reutilização de capilar por 20 sessões” e que “cumpre com o que determina a RDC 11/1014 e todas as vezes que o capilar é trocado, o paciente assina um termo de conhecimento”.
A Clínica ainda explica que durante as sessões de hemodiálise é comum que os pacientes tenham sintomas de cefaleia, câimbras, hipotensão, hipertensão. E que são consideradas intercorrências de baixo risco.
“Os fatos relatados tem [sic] a única intenção em prejudicar a unidade. São denuncias [sic] vazias e totalmente infundadas, facilmente confrontadas com o prontuário do paciente”, conclui a nota.