Famílias procuram duas adolescentes que desapareceram em Goiânia
Uma das jovens tinha revelado o desejo de se suicidar. A outra adolescente deixou um bilhete para a família falando que não deixaria a amiga se matar
Familiares e amigos procuram duas adolescentes de 16 anos que estão desaparecidas desde a tarde desta quinta-feira (13). As amigas Jordana Macedo e Giovana Batista não fizeram mais contato com a família ou amigos desde então. Jordana confessou à amiga o desejo de se suicidar, e Giovana deixou aos pais um bilhete alegando que iria impedi-la de cometer o ato.
Vicente Alves de Macedo Júnior, pai de Jordana Macedo, disse ao MAIS GOIÁS que a jovem tinha discutido com a mãe no dia anterior. “Cobramos muito de nossa filha pelo fato de ela estar andando em más companhias e isso vem sendo motivo para brigas. Ela estava de castigo quando desapareceu”, disse ele. Perguntado se após o desaparecimento das jovens, a família teve algum contato, o pai esclarece. “Nada. Deixávamos ela manusear o celular somente aos finais de semana. Giovana, pelo que sabemos, também teve o aparelho celular confiscado pelos pais”.
Recentemente, de acordo com Júnior, Jordana tinha rompido o relacionamento com o namorado, pois a mãe a repreendia, alegando que o namoro estava atrapalhando os estudos. Um dia antes do desaparecimento, ela compartilhou no Twitter que iria “sentir saudades de Goiânia”.
Em entrevista ao MAIS GOIÁS, Fábio de Almeida, pai de Giovana Batista, disse que até o momento não teve notícias do paradeiro da filha e da amiga. Elas saíram por conta própria. Giovana nos deixou um bilhete falando que ia ajudar a amiga, pois Jordana tinha comentado que iria se suicidar após uma discussão com os pais dela. Elas não fizeram contato desde então”, disse ele.
De acordo com Fábio, as duas foram vistas pela última vez na tarde desta quinta-feira (13), por volta das 17h30, na saída do colégio que estudam no Setor Marista, em Goiânia.
A família de Jordana, que reside no Setor Oeste, registrou boletim de ocorrência na Delegacia Estadual de Investigações Criminais (DEIC). O caso foi entregue a Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (D.P.C.A) e está sendo investigado.
O Mais Goiás fez contato com D.P.C.A de Goiânia, o órgão informou que estão elaborando “uma ‘rede’ de contatos que incluem escola, amigos e familiares, e fazendo os desdobramentos necessários”. O registro do boletim foi entregue esta manhã à delegacia, e o agente Nilton Cezar Pires Barros, está investigando o caso.
*Fabrício Moretti é integrante do programa de estágio do convênio entre Ciee e Mais Goiás, sob orientação de Thaís Lobo