Faxineiro dominou adolescente que esfaqueou colegas e professora em Santa Tereza de Goiás
Ainda não há informações sobre o que teria motivado o ataque
O faxineiro do Colégio Estadual Doutor Marco Aurélio, em Santa Tereza de Goiás, foi quem dominou o estudante que feriu dois colegas e uma professora com uma faca na manhã desta terça-feira (11). Ao escutar os gritos e presenciar a correria, o servidor, cujo nome não foi revelado, atacou o agressor, que tem 13 anos, com uma cadeira e depois conseguiu conter o garoto até a chegada da Polícia Militar.
As informações são de fonte do Mais Goiás que teve acesso às dependências da escola nesta manhã. Outros servidores, entre eles, uma professora, também auxiliaram na contenção do estudante depois que ele já estava dominado.
Um garoto, uma menina e uma professora estão entre os feridos. As vítimas foram socorridas, medicadas e não correm risco de morte.
Na mochila do agressor, que também era aluno da escola, foram encontrados um canivete, um estilete, uma machadinha e várias bombas de fabricação caseira.
Ainda não há informações sobre o que teria motivado o ataque.
Outra versão
De acordo com a Secretaria Estadual de Educação (Seduc), o estudante agressor foi contido por uma professora e não pelo faxineiro, como informou fonte do Mais Goiás na escola de Santa Tereza. A docente não teria sido ferida (íntegra abaixo).
Nota da Seduc
“Sobre o episódio do estudante que feriu colegas no Colégio Estadual Dr. Marco Aurélio, em Santa Tereza de Goiás, na manhã desta terça-feira (11/04), o Governo de Goiás informa:
O estudante de 13 anos feriu duas alunas com uma faca e foi contido por uma professora, que não ficou ferida. As alunas tiveram ferimentos leves, receberam atendimento médico e uma delas já está em casa. O aluno que promoveu o ataque não tem histórico de violência junto à comunidade escolar. O adolescente foi apreendido e está neste momento na delegacia de Santa Tereza.
Dentro das políticas de prevenção à violência nas escolas, a Secretaria de Estado da Educação (Seduc/GO) possui um Protocolo de Segurança Escolar adotado desde 2019 e constantemente atualizado. Também é realizado um trabalho pelo Núcleo de Atendimento em Saúde da Seduc, que realiza a escuta ativa e rodas de conversas com estudantes em todo o estado. Projetos e ações são desenvolvidos pelas superintendências pedagógicas com foco em consolidar a cultura da paz no ambiente escolar.
Em parceria com a Polícia Militar, a Seduc faz o pagamento de horas extras a policiais militares que reforçam a segurança no entorno das unidades escolares. Com recursos já liberados, a Seduc está implantando nas escolas estaduais sistema de videomonitoramento e também adquirindo detector de metais portáteis.
Todos os sinais que possam sugerir uma ação criminosa em ambiente escolar são encaminhados às autoridades policiais. Os gestores da rede pública estadual de ensino estão orientados sobre como agir em casos de denúncia e de ações como a que ocorreu na unidade escolar em Santa Tereza, seguindo o Protocolo de Segurança Escolar, o que inclui o acionamento imediato do Conselho Tutelar da região, as famílias/responsáveis, a Polícia Militar e a Polícia Civil.
As forças policiais de Goiás, especialmente o Batalhão Escolar e a Delegacia de Crimes Cibernéticos, reforçaram nas últimas semanas o trabalho de monitoramento para prevenir atentados nas escolas em Goiás. Nesta segunda-feira (10/04), a Polícia Civil de Goiás cumpriu, em Bela Vista, mandado de busca e apreensão na casa de um menor de 14 anos, que incitava e fazia apologia a crimes de massacres em escolas. Neste caso, em desfavor do menor foi instaurado Auto de Investigação pela prática dos atos infracionais análogos aos crimes dos arts. 286 e 287 do CPB.
Nesta terça-feira, 11, a Polícia Civil de Goiás, através da Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Cibernéticos (DERCC), cumpriu quatro mandados de busca e apreensão em Goiânia e Rio Quente, em virtude de ameaças feitas no ambiente virtual. Outro jovem com comportamento suspeito foi apreendido pela Polícia Civil em Rio Verde. Todos os casos estão tendo as investigações aprofundadas”.