POLÍCIA

Fazendeiro teria prometido até R$ 500 mil por execução de advogados em Goiânia

Investigações mostram que crime foi motivado por ação de reintegração de posse conquistada no final do ano passado pelos dois profissionais, mortos em outubro passado

O fazendeiro de 58 anos que foi preso na tarde desta terça-feira (17), em Catalão, cidade distante 262 quilômetros de Goiânia, teria oferecido até meio milhão de Reais para que dois pistoleiros executassem, no mês passado, em Goiânia, os advogados Marcus Aprigio Chaves, 41, e Frank Alessandro Carvalhaes de Assis, 47. As investigações apontam que o crime foi cometido porque os advogados conquistaram em novembro do ano passado, na justiça, uma ação de reintegração de posse de uma propriedade rural em São Domingos, no Nordeste Goiano, atualmente ocupada por familiares do fazendeiro, e que está avaliada em quase R$ 50 milhões.

A Polícia Civil divulgará detalhes sobre o final das investigações nesta quarta-feira pela manhã, mas já sabe-se que o fazendeiro ofereceu inicialmente R$ 100 mil para os dois pistoleiros que vieram do Tocantins para Goiânia, e no dia 28 passado, mataram os dois advogados no escritório deles, na Rua 9 A, no Setor Aeroporto. Este valor, porém, conforme prometido pelo fazendeiro que foi preso hoje, poderia subir para R$ 500 mil caso os dois executores fossem presos, mas não delatassem quem teria encomendado o crime.

Além do fazendeiro, que ainda não teve o nome divulgado, um casal suspeito de intermediar o crime foi preso na semana passada no Tocantins. Eles teriam confessado toda a trama.

Um dos executores morreu em confronto com policiais militares do Tocantins dois dias depois do assassinato dos advogados, e outro acabou preso, também naquele estado, por equipes da Delegacia Estadual de Investigação de Homicídios (DIH), da Polícia Civil de Goiás. Com ele, que continua preso em Goiânia, a polícia apreendeu o revólver calibre 38 usado para matar os dois advogados.