Fazendo a Diferença conta a história de Oneida Fernandes, professora que promove aulas gratuitas de reforço

Oneida Fernandes, de 53 anos, é professora de matemática e líder de um grupo de professores que dão aulas gratuitas de reforço para adolescentes que estão no ensino fundamental e desejam ingressar Instituto Federal de Goiás (IFG) para fazer o ensino médio técnico. Desde 2017, Oneida e os outros colaboradores organizam listas de simulados, exercícios e até aplicativos para ajudarem alunos. É este o tema do Fazendo a Diferença desta semana.

“A professora Ainoan Viana ajudava os alunos dela no processo de ingressar no IFG. Então, eu cheguei na escola onde ela trabalhava e abrimos as aulas para que estudantes de outras escolas pudessem participar. Com a pandemia, o projeto continuou, mas de maneira on-line”, conta ao Fazendo a Diferença.

Segundo a colaboradora, as aulas do primeiro semestre começam em abril e vão até junho. No segundo semestre, começam em agosto e vão até o final de outubro – quando acontecem as provas para a seleção dos alunos. O projeto conta com aulas de português, matemática, ciências, história e geografia.

Aulas gratuitas de reforço para adolescentes é motivação

Oneida relata que a falta de programas para alunos do ensino fundamental ingressarem no ensino médio é o que a motiva a continuar com as aulas de reforços. “Hoje a gente ouve falar no projeto de vida para o ensino médio, o que vai ser maravilhoso, mas o [ensino] fundamental ainda não tem essa preparação. Então, isso é que nos inquieta e faz com que a gente faça esse trabalho”, sublinha.

“A gente não faz isso pelo dinheiro, a gente faz isso porque você deita no travesseiro e pensa ‘amanhã aquele menino vai estar lá naquele curso técnico e a vida dele vai mudar’ e muda”, diz a professora.

Fazendo a Diferença: horta comunitária

A professora também é coordenadora de outro projeto: uma horta comunitária na Paroquia Nossa Senhora da Vitoria, no Bairro Floresta, em Goiânia. Além dos adolescentes, adultos que têm interesse em se voluntariar também podem fazer parte do programa.

“A gente pretende que as pessoas possam primeiro aprender com isso, levar esse conhecimento para os professores, dar essa oportunidade deles gravarem vídeos e tudo e os alunos virem aqui e aprender a lidar com a terra, para que eles possam ter nas suas casas mini-hortas e ter uma segurança alimentar maior. Porque, na pandemia, a gente viu que as pessoas não podiam sair, não tinham, às vezes, condições, perderam o emprego, mas ela tinha o quintal na casa dela que ela podia plantar”, explica ao Fazendo a Diferença.

A professora salienta a importância da horta para que os alunos possam até mesmo ganhar uma renda extra com a comercialização dos produtos pela internet, para amigos e familiares. Para ela, além de aprender a plantar, a experiência de cuidar de uma horta vai ensiná-los a cuidar também do planeta. “É importante você cuidar do seu planeta porquê você está cuidando também da sua casa, do seu corpo”, finaliza.

Assista ao documentário completo com a história de Oneida Fernandes:

 

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