Fazendo a Diferença mostra a trajetória de Genilson Feitosa, protetor de animais e dono de ONG em Goiânia

Genilson Feitosa de Oliveira tem apenas 29 anos mas tem uma linda história de amor por animais para contar: ele criou uma Organização Não Governamental (ONG) em Goiânia que já cuidou de cerca de 400 cachorros desde 2013. Isso sem contar os mais de 25 que o jovem tem na própria casa. A história deste protetor de animais é cheia de dificuldades e obstáculos, como a fome – dele e dos bichos – e é ela que contaremos no Fazendo a Diferença desta semana.

Desde que pode se lembrar, o protetor de animais via cachorros nas ruas e se compadecia com eles. Mas foi só em 2013 que ele resgatou o primeiro animal, a Estrela, que chegou até ele por meio de um anúncio nas redes sociais. A publicação pedia para que a resgatassem, como ninguém ajudou, ele mesmo foi até o local, buscou e cuidou dela até os últimos dias de vida.

Hoje, Genilson tem uma constelação. São cerca de 25 animais em sua casa e em lares temporários, que são mantidos – além do abrigo – com doações e com o próprio salário do jovem. Ele conta que grande parte dos animais resgatados foram abandonados ou têm algum tipo de doença. “Aqui entra cachorro com parvovirose, entra cachorro com tumor, câncer, TVT (Tumor Venéreo Transmissível Canino)”, diz.

Fazendo a Diferença: dificuldades de um protetor de animais

“Às vezes, a gente passa até dificuldades dentro de casa para poder cuidar deles [animais]. Eu já fiquei mais de uma semana sem me alimentar por causa dos cachorros. Passar fome já é ruim, imagina um animal desses passar o dia sem comer”, revela o protetor de animais com os olhos cheios de lágrimas.

Genilson afirma ainda que, quando ele divulgava onde mora, muitas pessoas abandonavam caixas com filhotes em sua porta para que ele cuidasse. Então, fica em cheque outro empecilho que, além da dificuldade financeira, o impede de ajudar mais animais: a falta de espaço na casa onde mora, que é alugada.

“Meu maior sonho é comprar um lote aqui e construir um abrigo. Aí eu poderia fazer do meu jeito, eu poderia resgatar bem mais, ter mais cachorros”, revela. “Mesmo com muito, sempre cabe mais um, né?”, completa.

Genilson Feitosa também ouve muitas críticas de pessoas que dizem que ele está “acabando com sua vida por causa de cachorros”.Ele sempre rebate os julgamentos e diz que, apesar das dificuldades, não vai desistir do seu trabalho. “Estou sempre lutando. Nunca desisto e vou lutar muito mais ainda. O que eu puder fazer por eles, eu faço. Nasci com esse dom já, desde pequeno”.

Assista ao documentário e se encante com essa história: