OUTUBRO

Feira Hippie só deve funcionar três dias por semana a partir de outubro

Prefeitura não concordou em emitir, por escrito, documento que garantiria aos feirantes o direito de montar as barracas também na sexta a partir de outubro

Feira Hippie deve abrir três dias no retorno à Praça do Trabalhador

O imbróglio entre a prefeitura de Goiânia e os comerciantes da feira Hippie, que querem autorização para trabalhar sexta, sábado e domingo, parece perto do fim. A administração do prefeito Iris Rezende (MDB) está disposta a atender o pedido dos feirantes, mas só depois que a Praça do Trabalhador – local em que a feira funciona – estiver revitalizada, ou seja, em outubro.

O secretário municipal de Desenvolvimento Econômico (Sedetec), Walison Moreira, afirma, no entanto, que a prefeitura não vai atender o pedido da associação de feirantes para emitir um documento com a garantia de que a feira vai voltar a funcionar durante três dias. Ou seja, pode atendê-los, mas sem ceder a pressão.

Walison afirma que, por ora, a Feira Hippie funcionará com os dois dias já previstos em lei – sábado e domingo. “E eles já sinalizaram que retornarão neste fim de semana”.

O presidente da Associação, Valdivino da Silva, e o vereador que ajuda os comerciantes nesta causa, Sargento Novandir (Republicanos), procuraram a prefeitura para convencer a administração de que a Feira precisa funcionar três dias. Mas o secretário Walison respondeu que liberar o funcionamento nas sextas contribuiria para atrair mais caravanas de pessoas para Goiânia em um momento de pandemia.

Documento

Na última semana, a Associação da Feira Hippie entregou um documento a Iris Rezende dizendo que a Feira abriria mão de “um dos seus três dias” de funcionamento, desde que houvesse a garantia de que os comerciantes poderiam instalar suas tendas na Praça do Trabalhador às sextas, sábados e domingos a partir de outubro.

Vale destacar, os trabalhadores não montaram suas barracas nas adjacências da 44 nos últimos dois fins de semana em protesto contra a prefeitura.

Walison reforça, mais uma vez, que não existe negociação, pois os dias previstos em lei são só dois: sábado e domingo. “Então não foi emitido um documento nesse sentido [de garantir os três dias no retorno à Praça do Trabalhador]”, argumenta.

“Apesar disso, haverá, provavelmente, o retorno à Praça em outubro, com os três dias que eles querem”, modera. “Toda a feira será repensada, com estacionamentos para ônibus e recebimento de visitantes, horários que se adéquem a nova modalidade de atacado, bem como para os períodos de chuva e sol”, adianta.

Questionado se será necessário um decreto ou lei para viabilizar este funcionamento, ele diz que a assessoria jurídica da Sedetec vai verificar o assunto. Mas ele acredita que um decreto bastará, uma vez que o próprio sábado foi incluído em 2016 desta forma.

Associação

O presidente da Associação da Feira Hippie, Valdivino da Silva, confirmou que não houve a emissão de garantia aos feirantes. Segundo ele, os trabalhadores, de fato, devem retornar no sábado e domingo, mas os protestos continuarão constantes na sexta-feira. “Se perdermos a sexta-feira, é falência”, avisa.

Valdivino diz que os próximos protestos vão reclamar da indefinição da prefeitura a respeito de assuntos que concernem à Feira. “Os feirantes não gostaram”, diz. O presidente adianta ao portal que existem conversas para uma possível mudança para Aparecida de Goiânia, nas quintas e sextas.

Sargento Novandir também foi procurado, mas não atendeu às ligações.

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