Feiras Hippie e da Madrugada só devem retornar à Praça do Trabalhador em 2020
Após novo impasse, as feiras Hippie e da Madrugada só devem retornar à Praça do…
Após novo impasse, as feiras Hippie e da Madrugada só devem retornar à Praça do Trabalhador, no Centro de Goiânia, em 2020. Isso porque a entrega parcial da revitalização do local, que seria feita até o final de novembro não irá ocorrer. Atraso, segundo a Prefeitura, acontece por conta da necessidade de novas interferências no espaço. Líder dos feirantes diz que comerciantes estão satisfeitos com local provisório.
O titular da Secretaria de Infraestrutura e Serviços Públicos, Dolzonan Matos, explica que a entrega parcial da Praça não ocorreu por uma série de fatores. Um deles, conforme expõe o secretário, refere-se às mudanças no traçado da Av. Leste-Oeste com o BRT Norte-Sul. “Por exigência do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), o traçado não pôde passar pelo leito da estação ferroviária. Em razão disso tivemos que fazer novas interferências, o que acabou atrasando um pouco a entrega”, justifica.
Além do traçado, houve também uma discussão acerca do piso a ser colocado no local. A proposta inicial previa a instalação de asfalto. No entanto, houve debate e mudança para a colocação de pisos pavers, os populares “tijolinhos”. Apesar da nova definição, o piso ainda não foi colocado e o local está na terra.
Conforme Dolzonan, o atraso não vai prejudicar os feirantes. “O local provisório está em condições muito melhores do que na antiga Praça. A prefeitura fez o nivelamento do terreno, retirou bancos quebrados e instalou nova iluminação no espaço em que os feirantes estão. Não há prejuízo”.
O secretário cita ainda que a decisão de permanência no local provisório agradou os feirantes, já que a mudança durante a época de festividade do final de ano iria prejudicar o comércio. “Fazer essa mudança agora seria prejuízo porque demanda reuniões e discussão. Estamos evitando um tumulto”, disse.
A previsão é que a volta das feiras Hippie e da Madrugada seja realizada apenas após o término total da revitalização da Praça do Trabalhador, que deve ocorrer em junho do próximo ano.
Local provisório agrada
A presidente da Associação da Feira da Madrugada, Patrícia Mendes, afirma que atraso do retorno da feira à Praça não interfere negativamente no comércio. “Pelo contrário, a Viela da 44 está muito melhor do ponto de vista das vendas”, alega.
Segundo ela, o espaço possibilitou uma aproximação com os clientes, visto que na Praça a feira era mais afastada do movimento da região da 44. “Antes a feira contava com oito corredores. Agora são só dois mais compridos. O cliente passa por todas bancas. Os feirantes estão muito satisfeitos. Nós estamos perto do batalhão policial e fiscal e as vendas estão a todo vapor”.
Revitalização
Orçado em R$ 6.897.038,09, o novo espaço tem previsão de ambiente inclusivo, sem relevos; declividade mínima para pedestres e cadeirantes; e piso podotátil em todas calçadas para deficientes visuais.
As passarelas para pedestres vão ficar nas laterais dos canteiros, interligadas por escadas e rampas acessíveis. Áreas verdes serão feitas para aumentar a permeabilidade do solo. Ainda serão criados um posto da Guarda Municipal e o prédio da administração terá uma enfermaria Três sanitários públicos: um deles é familiar, com 101 m².
Segundo o secretário de Infraestrutura e Serviços Públicos, Dolzonan da Cunha Mattos, é importante iniciar as obras o mais rápido possível, para que seja aproveitado o período da estiagem. “Nosso objetivo é cumprir o cronograma e o prazo de cinco meses para a entrega”, afirma.