Feiras livres de hortifrutigranjeiros podem funcionar na quarentena; veja regras
A Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa) publicou, na última sexta-feira (3),…
A Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa) publicou, na última sexta-feira (3), uma portaria que regulamenta o funcionamento das feiras livres de hortifrutigranjeiros. O documento foi divulgado no mesmo dia da publicação do decreto que prorrogou a quarentena em Goiás e que flexibilizou o funcionamento desta e de outras atividades.
A portaria possui uma série de orientações específicas para a operação da feira, feirantes e consumidores, além de limpeza e desinfecção. O documento veda ainda a realização de algumas atividades, como restaurantes, praças de alimentação e disponibilização de mesas e cadeiras para os consumidores.
Feirantes
As regras estabelecem que os feirantes devem permanecer em casa se estiverem com febre, tosse ou dificuldade para respirar. Também não podem ir para a feira se pertencerem ou se tiverem contato com pessoas do grupo de risco.
A portaria também solicita que sejam priorizados os serviços de entrega ou de drive-thru; a realização da atividade em espaços amplos e arejados; e a higienização de balcões, balanças, veículos e demais utensílios.
Há também a orientação de alternar os dias de feiras livres nos municípios, realizando-se em diferentes dias da semana evitando aglomerações e pulverizando o público.
Consumidores
Para os consumidores, o documento orienta que seja escolhida uma pessoa da casa, que não esteja no grupo de risco, para fazer as compras. Eles também são orientados a lavar as mãos antes da compras, não tocar nos alimentos, respeitar a distância delimitada com os feirantes, não consumir alimentos das praças de alimentação e higienizar as rodas dos carrinhos e os calçados ao chegar em casa.
Operação nas feiras
Por fim, o documento solicita que o fluxo de pessoas e locais de entra e saída da feiras sejam organizados para evitar a aglomeração de pessoas. Deve ser disponibilizado álcool em gel e local para lavagem das mãos. Além disso, as funções no momento devem ser divididas de modo que uma pessoa fique responsável exclusivamente pelas cobranças e manipulação do dinheiro, devendo higienizar as mãos e as máquinas de cartão a cada venda.
Também deverão ser observadas a distância de um metro e meio entre as barracas e de um metro e meio entre os feirantes e clientes. O contato direto com os produtos foi vedado e eles devem ser embalados em material próprio. Também estão proibidas as degustações e os chamados anúncios verbais dos produtos.
A portaria estabelece ainda que todas as pessoas que atuarem na comercialização utilizem máscaras e luvas. O lixo durante o pós-feira deve ser ensacado e vedado e os vendedores devem afixar cartazes com todas as orientações sobre as práticas de prevenção.
Cadastro
Além da portaria, a Seapa estabeleceu ainda que os responsáveis pelas feiras devem realizar um cadastro na secretaria para que possam funcionar. Esse cadastro deve ser feito apenas uma vez, com pelo menos 24 horas de antecedência da feira.
Críticas
A decisão de liberar o funcionamento de feiras não agradou o prefeito de Morrinhos, André Luiz Mattos (MDB). Durante o anúncio de um caso suspeito na cidade, afirmou que considera a liberação precipitada.
“A minha opinião, como técnico, é a de que foi uma decisão precipitada. Em Morrinhos, temos uma feira que reúne por volta de cinco mil pessoas sempre que acontece. Nelas a gente não consegue impedir que as pessoas formem rodinhas de bate-papo. Diante da situação, só me resta pedir às pessoas que vão à feira se for estritamente necessário e que os idosos deleguem esta tarefa aos mais jovens”, disse André.