POLÊMICA

Festa com músicas pornográficas em escola infantil de Goiânia vira caso de polícia

A festa do pijama, promovida por uma escola infantil de Goiânia, tinha músicas que falavam sobre sexo e ejaculação

O Conselho Tutelar vai registrar amanhã (22), junto à Polícia Civil de Goiás, o caso de uma polêmica festa do pijama que ocorreu numa escola infantil de Goiânia. Os conselheiros também notificaram a escola após denúncias sobre o evento realizado para crianças entre 5 e 10 anos e que contava com músicas de teor pornográfico e palavras de baixo calão. Em um vídeo, é possível ver as crianças dançando ao som das músicas e cantando as letras.

A festa do pijama ocorreu no dia 8 de outubro em comemoração ao Dia das Crianças. Segundo a conselheira Érika Reis, alguns pais de alunos decidiram acionar o órgão de forma anônima após a divulgação de vídeos da festa que mostram as crianças pequenas dançando ao som de músicas que falam de sexo e ejaculação e trazem termos como “piranha”, se referindo a mulheres, e outros termos chulos.

Ao Mais Goiás, Érika conta os pais dos alunos tiveram, inclusive, que pagar para que os filhos participassem do evento e ficaram chocados ao ver como havia sido a festa, que contou com cerca de 70 crianças com idade entre 5 e 10 anos. “Os pais ficaram horrorizados. Um deles chegou a retirar o filho da escola. As músicas nessa festa eram de muito baixo calão, coisa erótica, pornográfica mesmo”, detalha a conselheira.

Conselho Tutelar vai registrar junto à Polícia Civil caso da festa do pijama em escola infantil de Goiânia

Conforme Érika, uma equipe do Conselho foi à escola e se encontrou com o advogado da instituição, que recebeu um prazo de 5 dias para responder aos questionamentos sobre o polêmico evento e o alvará para liberação do mesmo. Além disso, a conselheira contou que o órgão deve registrar o caso junto à Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA) nesta sexta-feira (22).

“A escola perdeu uma grande oportunidade de fazer um evento que gerasse valor nas crianças”, diz Érika, que informou que o caso também será registrado junto ao Ministério Público e que também já chegou à Câmara Municipal de Goiânia, na Comissão da Criança e do Adolescente.

A reportagem do Mais Goiás tentou contato com a escola por telefone, mas não obteve retorno. O espaço permanece aberto.