Fieg estima que indústrias paradas devem deixar 140 mil sem trabalhar
Novo decreto paralisa atividades de empresas não essenciais e deve atingir 75% do setor
Em levantamento divulgado pela Federação das Indústrias de Goiás (Fieg), 75% das indústrias de Goiás devem ser atingidas pelo novo decreto do governador Ronaldo Caiado (DEM), que determina o fechamento da produção não essencial. Com isso, pelo menos 140 mil empregados devem ficar sem trabalhar no estado.
O decreto começa a valer a partir da próxima segunda-feira (23) e determina que as indústrias devem fechar por 15 dias. Estão liberadas para funcionar apenas indústrias de fornecimento de insumos e produtos, prestação de serviços essenciais à saúde e vida humana e animais. Isso inclui indústria alimentícia, de segurança e farmacêutica.
A própria sede da Fieg fechará, assim como o sistema S – SESI, SENAI, IEL e ICQ Brasil. No entanto, continua com o serviço de emergência para odontologia.
Em virtude da necessidade de elevação de gastos públicos para tentar a conter perspectiva de crise e queda de arrecadação, a projeção é de uma flexibilização do cumprimento da meta fiscal por parte do governo estadual.
O governo ainda está avaliando o valor que poderá deixar de ser arrecadado e se haverá uma compensação financeira em alguns setores. Um desses é o de energia elétrica, já que parte dos contribuintes deverão aumentar o consumo, por estarem mais tempo nas residências.
Situação real
Pelos parques de Goiânia ainda é possível verificar a presença dos trabalhadores conhecidos como ambulantes e de quiosques. Como dito, o decreto do governador não permite a atuação desses profissionais – somente farmácias, mercados, panificadoras, distribuidoras de gás, posto de combustível e outros essenciais.
Quem está abrindo esses comércios, mesmo que por necessidade, está desobedecendo a determinação do Estado.