Morte em família

Filho asfixia e mata pai para salvar a mãe de facadas no Setor Nova Vila Jaiara, em Anápolis

Homem havia sido liberado do regime fechado há poucos dias e tinha histórico de tentativas de homicídio contra a ex-mulher. Filho de ambos foi detido, mas policiais consideram legítima defesa

Por volta das 10h deste domingo, um rapaz de 21 anos estava em casa, na Nova Vila Jaiara, em Anápolis quando viu o pai, o detento do semiaberto Dolismar José Damas, 41 anos, atacar a mãe, a Maria Núbia Damas, 37, sua ex-esposa, com uma faca. Com sorte, a mulher esquivou-se do primeiro golpe e o rapaz teve tempo de imobilizar o homem pelo pescoço, com um mata-leão. Na tentativa de conter o progenitor – que se debatia – até a chegada da polícia, Lucas Moreira Damas aplicou ainda mais força à “gravata”, o que implicou na morte do pai por asfixia.

A Polícia Militar foi acionada e, embora agentes tenham entendido que se tratava de um caso de legítima defesa, tiveram que conduzir o jovem para a Central de Flagrantes, onde este permanecerá detido até sua audiência de custódia. O rapaz foi levado sem algemas para prestar esclarecimentos sobre o fato.

Segundo o subtenente Joel Soares Galvão, do 28° Batalhão da PM, o presidiário possuía “inúmeros” registros criminais por furto e homicídio e, inclusive, já tinha atentado contra a vida da ex-mulher em outras oportunidades.

“Já foi à casa de Maria diversas vezes para importunar. Hoje Dolismar foi preparado para matá-la com uma faca, mas o filho conseguiu evitar, pois estava atrás dele e viu tudo. Deu um mata-leão, mas como o homem não parava de se mexer tentando se libertar, o rapaz imprimiu mais força gerando asfixia mecânica no criminoso”, revela.

Conforme explica Galvão, após o fato, a mulher afirmou que o ex-marido a chamou no portão. “Ela perguntou o que ele queria e nem teve muita conversa. Já partiu para cometer o homicídio e, felizmente, foi imobilizado. O homem era daqueles que não aceitava o fim do relacionamento e vivia rondando a região para importunar a ex-companheira.”

O corpo foi levado ao Instituto Médico Legal (IML) da cidade.