Filho de Valério Luiz compara julgamento de acusado de matar advogados com o do pai

Filho do radialista Valério Luiz, Valério Filho citou a condenação do acusado de matar dois advogados em Goiânia para criticar a morosidade do Judiciário no caso do pai dele. “Um dos acusados de matar os advogados Marcus Aprígio Chaves e Frank Alessandro Carvalhaes já foi a Júri Popular e condenado a 45 anos de prisão. O crime ocorreu em 2020. O assassinato do meu pai, em 2012”, escreveu nas redes sociais.

Ainda segundo ele, o erro não está no julgamento rápido, mas na demora do caso Valério, que teria relação com o “poder” dos réus. “Aplaudo a justiça ter sido feita, dando paz para as famílias. O erro não está nesse caso ter sido julgado rápido, e sim no caso Valério demorar tanto. Impossível evitar comparações sobre a diferença no tempo quando o outro lado não conta com réus poderosos, cheios de maquinações“, emendou.

Vale lembrar, os advogados do ex-cartorário Maurício Sampaio deixaram o julgamento do caso, realizado na manhã do dia 2 de maio. A defesa deixou o plenário do Tribunal de Justiça (TJGO) depois de tentar adiar o júri pela 3ª vez e de ter o pedido foi indeferido pelo juiz. Com a saída dos juristas, houve o terceiro adiamento o o novo júri foi marcado para 13 de junho.

Na argumentação, os advogados falaram que a competência é do 4º Tribunal do Júri, e, por isso, o corpo de jurados também deveria ser da lista do referido local. Eles afirmaram que vão se ausentar até que seja julgada a exceção no Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

Segundo o juiz Lourival da Costa, a lista de jurados estava nos autos e a defesa tinha conhecimento, mas não requereu no momento oportuno. O magistrado chegou a multar os advogados em 100 salários mínimos, a procuradoria de prerrogativas da Ordem dos Advogados do Brasil – Seção de Goiás (OAB-GO) entrou com mandado de segurança e conseguiu decisão liminar para suspender a punição.

Relembre o caso Valério Luiz

O crime que vitimou Valério Luiz ocorreu em julho de 2012. Segundo o Ministério Público, o radialista foi morto em razão de críticas que teriam desagradado o empresário Maurício Sampaio, à época ligado à direção do Atlético Goianiense.

Os denunciados são: Ademá Figuerêdo Aguiar Filho, Djalma Gomes da Silva, Marcus Vinícius Pereira Xavier, Maurício Borges Sampaio e Urbano de Carvalho Malta.

Em relação ao caso citado por Valério Filho…

O tribunal do júri condenou Pedro Henrique Martins Soares, um dos acusados de matar os advogados Marcus Aprigio Chaves e Frank Alessandro Carvalhaes, a mais de 45 anos de prisão em regime fechado. O crime ocorreu dentro do escritório das vítimas, no Setor Aeroporto, em Goiânia, em outubro de 2020, a mando do fazendeiro Nei Castelli, segundo consta nos autos. A decisão cabe recurso.